Esta semana ecoavam na impressa comercial os resultados provisionais dum estudo realizado na USC sobre umha mostra de 4.000 estudantes da Galiza com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos. Este estudo devolve uns dados alarmantes em relaçom aos hábitos de ócio da juventude galega, e nomeadamente em relaçom às apostas. Em concreto, o 23,5 % dos entrevistados declarou ter apostado alguma vez na sua vida enquanto o 22,4 % o fizera também de forma presencial. Estas cifras alcançam o 34 % se temos em conta só aos rapaces, quem triplicam os índices das moças.

O responsável do estudo, o doutor de Psicologia Social da USC Antonio Rial Boubeta, declarava recentemente que o número de menores que apostam na Galiza multiplicou-se por seis em apenas oito anos e atualmente há arredor de 10.000 menores ‘enganchados’ às apostas.

A propagaçom dos locais de apostas e a existência das máquinas de apostar nos bares som um feito. E acudir a estes locais ou aos bares a apostar nestas máquinas já forma parte do ócio habitual da juventude. O estudo mostrava que num 80 % dos locais de apostas os responsáveis dos estabelecimentos nom lhes requeiram o documento de identidade aos menores. E embora se trate dum ato ilegal, em mais de dous terços dos casos, os pais som conscientes de que seus filhos apostam.

Umha ameaça em forma de dependência
Um momento onde a desatençom das crianças, motivados por umhas jornadas laborais intermináveis, é o habitual, e onde a utilizaçom de dispositivos móveis para as relaçons sociais é a norma, cria um terreno fértil para a juventude cair no poço das dependências. Segundo informaçom facilitada por associaçons de reabilitaçom, a idade media dos jogadores patológicos adianta-se cada vez mais e situa-se atualmente nos 19 anos, quando o limite legal para jogar som os 18 anos.

No ano 2011 o governo do PSOE aprovava o projeto de lei que regulava o jogo on-line, e desde aquela as apostas estám a converterem-se em umha ameaça para a juventude galega. Esta lei regulava por primeira vez as apostas que se podiam fazer a través da rede, mas centrava-se principalmente na recaudaçom dos impostos que geravam e deixava de lado o problema social que podia carretar. Eis o resultado.

E como adoita passar com as dependências, o fator de classe também é um eixo determinante e o perfil da vítima é o de um homem jovem, por volta dos trinta anos, solteiro, no desemprego ou em empregos precários, e em ocasions ainda a depender dos seus pais.

Denuncia da juventude independentista
O movimento popular e independentista sempre foi consciente dos problemas que carretam as dependências, e assim como luitou contra o alcoolismo e o tráfico de drogas, por tratar-se de instrumentos desmobilizadores do Capital, agora, já no século XXI, toca brigar também contra estas novas lacras.

Nesta situaçom, a organizaçom juvenil Briga está a levar a cabo umha campanha de denuncia desta lacra que ameaça a classe trabalhadora, nomeadamente a juventude mais precarizada.