Na quinta-feira 7 de março um militante independentista era brutalmente agredido por umha dezena de homens nas ruas de Ferrol, onde este obreiro galego reside. Nom é a primeira agressom deste tipo que se produz na Galiza (há poucos meses um jovem nacionalista era agredido em PonteVedra) e na mesma cidade de Ferrol. A existência de elementos de ultra-direita entre as filas do exército espanhol é bem conhecida, e sendo Ferrol umha das cidades galegas com maior presença do exército de ocupaçom espanhol, resulta em que a presença de supremacistas espanhóis seja maior do que em qualquer outro ponto do nosso país (sem ter em conta Marim-PonteVedra). Estes matons espanholistas, protegidos polo estado e os seus privilégios (como membros das forças armadas de ocupaçom), sabem-se com a impunidade davondo para malhar em “rojos de mierda” (palavras textuais dos agresores de Ferrol) sem ter que se preocupar de consequências penais. Nom se pode assegurar que a totalidade dos agressores sejam membros das forças de ocupaçom, mais sim a presença de vários, polo que os demais estám igualmente amparados polo estado pseudo-democrático espanhol e as suas contínuas violaçons dos direitos humanos.
A inevitável re-apariçom de mensagens e atitudes fascistas nos meios de comunicaçom do capital, diante da grande ofensiva deste contra o povo na que a classe obreira perde direitos a marchas forçadas, está a criar nestes elementos de ultra-direita a confiança em que podem impor de novo as suas teses reacionárias. A burguesia deu o aprovado à ferramenta da que tira quando está em perigo. Esta ferramenta, chamada fascismo há décadas (sendo derrotado polo proletariado), nom deixa de ser necessária para o capitalismo se quer perpetuar-se. No panorama mundial, a ultra-direita controla grande parte dos territórios americanos (norte, centro e sul) e avança no continente europeu, o que potência a confiança destes elementos no nosso país. Nom se pode obviar que a ultra-direita espanhola sempre estivo aí, desde o minuto cero desta pseudo-democracia que maquilhou em 1978 o regime franquista. A diferença com o momento atual é que agora som necessários para a super-vivência do sistema, que agoniza desde há tempo.
O nosso povo é antifascista, já o demonstrou ao longo da história. Nom é preciso, mas é interessante recordar a atitude do nosso povo ao golpe de 1936, primeiro na resposta ao próprio golpe e depois na resistência, criando-se a Federaçom de Guerrillas e o Exército Guerrilheiro da Galiza. Na atualidade, e diante do avance da ultra-direita, o antifascismo está a se organizar para responder nas ruas do nosso país qualquer expressom neo-fascista. No sul, a apariçom da Coordenadora Antifascista Vigo-PonteVedra (@Coordinadoravp) há poucos meses nom foi casual e já deu mostras da sua necessidade e eficácia: no natal respondeu nas ruas de Vigo à campanha de implantaçom de Ciudadanos; em 14 de fevereiro, junto com o celtismo, respondeu em Vigo à presença dos líderes do Partido Popular; em 9 de março respondeu à campanha de implantaçom de Vox em PonteVedra e na semana prévia conseguiu (anunciando a resposta e com o oportunismo do alcaide) a des-convocatória em Vigo. No resto do país também estám a aparecer iniciativas de intervençom antifascista, já que o antifascismo nem desapareceu nem desaparecerá.
A brutal agressom de 7 de março deve ter a resposta social mais ampla e combativa possível, somente assim o nosso povo se saberá arrufado frente às agressons fascistas. A solidariedade que caracteriza ao povo galego tem que se materializar mais umha vez em apoio ao obreiro agredido. A solidariedade sempre vai da mao do combate ou da denúncia, e esta já ficou bem plasmada. Em Ferrol tenhem na mao a resposta e a sua segurança numha situaçom de necessidade. Combater o fascismo significa combatê-lo, em todos as frontes possíveis, todos os dias e a todas horas, com organizaçom e com consciência. Assinalar e atacar os “grupos de choque” e ter um comportamento antifascista adequado contra o estado e os partidos que os sustenhem. Talvez haja que distinguir na capacidade e na vontade à hora da criaçom do suporte antifascista, olhar até onde se chega e saber se a militância e o povo em geral podem caminhar tranquilos polas ruas dos seus bairros. A denúncia pontual que morre no tempo e o “combate” estritamente institucional e judicial nom som o combate em todos as frentes. Porque nas ruas da Galiza o fascismo nom tem lugar, nom é bem-vindo, nunca o foi, saiamos à rúa!