Rosane Santiago Silveira era umha mulher muito comprometida desde havia décadas em múltiples frentes, nos últimos anos intensificou o trabalho ambientalista na zona em que morava: Nova Viçosa. Esta zona da Bahia contava com umha reserva extrativista ( Cassurubá). Ela fazia parte do conselho desta reserva, parte de um parque natural. No momento da sua morte estava tentando criar umha associaçom de defesa de tal lugar.
Foi encontrada morta e torturada em 21 de Janeiro, esfaqueada e disparada. Ela própria tinha denunciado ameaças e temia seriamente pola sua vida.
Em um primeiro momento os meios quigérom relacionar o assassinato com um rouvo, mas o envolvimento da ativista em causas ambientais, culturais e de direitos humanos deixa, na versom do filho em declaraçons ao portal Brasil Atual, fora de dúvida que a sua mae foi assassinada polo seu compromisso. A delegada que coordena as investigaçons do caso, porém, insiste em manter a hipótese despolitizadora do acontecido. O filho declarou à imprensa que Rosane “dedicou os últimos anos de sua vida à causa daquela região. Dizer que não houve nenhuma motivação política por conta dessa militância seria uma derrota para nós da família e também para todas as pessoas que se empenham neste tipo de causa”.
Suzano, a ENCE brasileira
O problema com a eucaliptizaçom no Brasil vém de longe. Algumhas das suas consequências som-nos bem conhecidas, embora o problema do país lusófono seja mais grave e mais extendido do que na Galiza. Hai povoadores que se vém deslocados pola acçom da trasnacional Suzano, que aproveita que muitas das camponesas nom som proprietárias das terras. O Estado, por sua vez, ignorando as pessoas que moram nos diferentes territórios afetados, outorga-lhe direitos e concesons sobre eles à Suzano. Na prática a empresa expulsa pessoas dos seus próprios territórios para a plantaçom de eucaliptos. Logo da plantaçom maciça os problemas som outros: fumigaçom, águas contaminadas… com consequências muito graves para a saúde.
Suzano é a empresa papeleira mais grande de América Latina. Sediada no Salvador , trata-se da primeira produtora mundial de polpa de eucalipto do mundo. Possivelmente algumha vez tenhamos utilizado papel de tal fábrica: Suzano Report premium é umha marca habitual nas tendas do estado espanhol. Suzano, polos vistos é a empresa celulosa mais grande do mundo, com uns ganhos históricos nos últimos anos. Depois da fusom em Janeiro de este ano com a empresa Fibria fabricam mais de 11 milhons de toneladas de celulose.
Mulheres sem terra ocupárom fábrica da Suzano na Bahía
O ativismo ambiental em contra da eucaliptizaçom, porém, nom decai. Na ocupaçom que realizárom em 2018 em essa mesma zona em que assassinárom à ativista, denunciárom as pulverizaçons que a empresa realizava, assi como também a grave crise hídrica que estavam a atravessar, consequência da acçom destrutora da empresa. Um dos problemas que assinalavam era que as pessoas tinham os terrenos de cultivo totalmente cercados por plantaçons de eucalipto da empresa.
O ativismo ambiental é atividade de risco em América Latina
Todo o que contamos insere-se em umha realidade dura e pouco denunciada. Brasil é o país latinoamericano onde mais ativistas ambientais som assassinados. No 2016 foram 46. No ano 2017 México começava a ser dos lugares mais perigosos, pois contabilizárom-se 15 assassinatos destas características.
O 60 % de estas mortes estám vinculadas a sectores tam potentes como a agroindustria e a minaria. É umha violência que lhes sai de balde, pois dos 1024 assassinatos por estas razons registados no periodo 2002-2014 o 99% dos mesmos ficou impune. O ano 2016 foi especialmente duro, pois os dados recolhem que até 201 ativistas em 24 países direfentes foram assassinadas. O pior é que a tendência vai em aumento. Assi que, para além de razons ambientais, culturais ou políticas, quando falemos de eucaliptos também podemos lembrar e acrescentar que hai razons de solidariedade ao luitar contra eles. E é que na América Latina custam vidas