O acontecido esta quinta-feira em Vigo nom deveria sorprender a nenhum dos protagonistas. A presença de líderes do PP (herdeiro mais direto do franquismo) na sede do clube de fútebol local (RC Celta de Vigo) nom sorprende nem aos vigueses nem aos siareiros do clube, ja que a trajectória do atual presidente do Celta, o empresário Carlos Mouriño, é bem conhecida: colheu umha equipa que jogava em Europa, descendeu de categoria na sua primeira tempada, vendeu muitos jogadores (com grandes benefícios), despediu pessoal do clube… o que se podia agardar de um empresário com negócios turbios polo mundo adiante. Nom sorprende o convite feito polo clube aos líderes do PP, ja que é a lógica de relaçons burguesas e o empresário sempre vai devecer por compracer a quem defende seus intereses de clase.


Tampouco deveu sorprender aos líderes do PP a contestaçom social que gerou a sua presença na cidade. A ousadia de se presentar no centro da cidade, na sede do clube de fútebol mais representativo do país tinha que ter como conquência lógica a resposta tanto de vigueses coma de siareiros do clube. Várias agrupaçons de siareiros (celtarras, tropas de breogán, colectivo nós…) publicárom comunicados de rejeitamento e chamárom a respostar na rua. Também a Coordenadora Antifascista de Vigo e PonteVedra se mobiliçou, chamando á contestaçom popular nas ruas de Vigo e rejeitando a presença dos netos daqueles fascistas que assasinárom aos nossos avós.

A convocatória, fixada para as 18:00, nom se puido desenvolver de um jeito normal por mór da presença da polícia espanhola no centro da cidade. Ainda com os accesos á rua de Príncipe controlados polas forças de ocupaçom a resposta popular desenvolveu-se ás portas da sede do Celta. O acceso á zona nobre da sede (a poucos metros do acceso principal) estivo protegida polas forças de ocupaçom em tudo momento.

Na intersecçom onde se atopa a sede, na rua mais cara da Galiza, forom-se reunindo siareiros e antifascistas, chegando a se juntar ao redor de 200-300 pessoas para lhe prantar cara ao fascismo. Fronte á utilizaçom da equipa de fútebol local Vigo berrou “Fora fascismo do celtismo”; fronte á utilizaçom do centro da cidade Vigo berrou “Fora fascistas da nossa cidade”, “Fora fascistas da Galiza”, “Vigo será a tumba do fascismo”; fronte ao líder da direita espanhola Vigo berrou “A sede é celtista, nom espanholista”, “Vós, fascistas, sodes os terroristas”, “Casado, onde está o máster?”; fronte ao líder da direita espanhola na Galiza Vigo berrou “Feijóo fascista”, “Marcial Dorado, Marcial Dorado”, “Feijóo, onde está a coca?”. Ademais houvo os cánticos patriotas e antifascistas habituais coma “Galegos somos, galegos seremos, por espanhois nunca passaremos”, “Que queiram que nom, Galiza é umha naçom”.

A tensom foi em aumento, havendo provocaçons por parte dos fachas que se atopavam tras do cordom policial. Tras vários encontros entre polícia e siareiros a inminente chegada do presidente da Xunta puxo aos armados em alerta, pugérom o casco (derradeiro elemento da equipaçom anti-distúrbio que adoitam ponher) e amosarom-se dispostos a defender aquele recuncho da cidade até o final. Chegou Feijóo com a sua comitiva e os ali concentrados deixárom claro o rejeitamento do povo galego aos herdeiros do franquismo.

Os convidados á palestra reaccionária na que intervírom Feijóo e Casado escuitárom ao povo galego berrando na sua contra, sentírom o rejeitamento de um povo antifascista e de seguro que levárom para a casa o recordo de umha mala tarde.

A lógica de mercado na que se introduciu aos clubes de fútebol há décadas obriga a que empresários coma Mouriño controlem os clubes, ficando a verdadeira base e força deste relegada a um segundo plano. A afecçom do Celta, a base e a força do clube, o celtismo em definitiva sempre foi galeguista. Os siareiros mais comprometidos sempre fórom antifascistas, sempre atuárom contra bancadas fascistas do estado e do continente, sempre defendérom a identidade galega fronte ao espanholismo da Liga e á RFEF, sempre luitárom por umhas gradas de fútebol para o povo.

Mais umha vez o povo galego demostrou na rua a sua força, mais umha vez o nosso povo prantou cara ao fascismo, mais umha vez a Galiza rebelde respostou á presença do fascismo institucional nas nossas ruas.