O que se viu este Domingo é a consequência direta daquele nom reconhecimento pola esquerda espanhola (e palmeiros cataláns e galegos) da legitimidade democrática do referendo independentista catalám do 1-O, a saber: a legitimidade servida em bandexa ao nacionalismo espanhol para doravante, tal que se de um piolinismo civil se tratasse, ocupar as ruas contra os traidores ao seu Estado, mas já sem pretensom nem capacidade de resposta por parte de umha devandita esquerda que, afinal, além de um maior ou menor reconhecimento da plurinacionalidade cultural, comunga à par que a direita espanhola com a indivisibilidade da soberania do Estado espanhol (aquela que o 1-O foi preservada a paus sobre a cidadania catalã).
Tal é assim, que se para a esquerda espanhola a plurinacionalidade real do Estado fosse objecto de um compromisso axial e prioritário, deveria de ter estado em condiçons deste Domingo convocar umha contra-mani com possibilidades de sucesso, no canto de limitar-se ao equidistante #YoNoVoy.
Mas nada mais longe disso. Já que quando é a integridade da soberania do Estado espanhol a que está em jogo, à esquerda espanhola importa-lhe mais bem pouco se é o fascismo quem tenha de fazer o trabalho sujo de se mobilizar para garantir a sua preservaçom, da que, endebém, tanto a existência da própria esquerda espanhola como do fascismo dependem.
O que isto amostra, é que nom cabe a neutralidade dos auto-determinismos nom alinhados perante a sujeiçom à soberania de um Estado: ou esta se reconhece e defende, ou se combate a quem a encarne e pretendam encarná-la.
Porque como dixo Alberto Garzón: “están rompiendo España”, e claro, isso é o mais importante.
Daí que o auto-percebido como povo espanhol opere sempre como lobo vestido de lobo. E no entanto, nunca admitirá ser representado por errejonadas falsárias; é perfeitamente ciente de que a sua vida política depende da morte política das naçons periféricas.
Em conclusom, o que fica em claro, é que Estado espanhol segue a ser nom mais do que a minoria de idade dos povos que o componhem. E já vai sendo hora de fazermo-nos maiorzinhas.