Estám-se a rir desta classe política. Assim falava o presidente do comité de empresa de Alcoa Corunha quando se referia ao governo de Feijóo e ao de Sánchez, já que este comité e @s trabalhador@s aginha pugérom o seu futuro nas “maos” do governo da Xunta e no governo de Madrd. Propunha-lhes a estes governos exigências para os ianques (evidentemente a quem mais lhas fazia era ao Sánchez e à sua ministra): nenhum despedimento e reactivaçom das séries de electrólise. Mas pergunto-me eu, estám a rir só da classe política?. Perguntárom-se quem ” é ” esse comité de empresa que lhe deu tanta guerra?
Um comité de empresa ao que lhe estariam agradecidos por nom amostrar minimamente a sua face obreira e trabalhadora em este conflito, esse comité de empresa ao que ele pertencia e que pugera nas maos de ministros e conselheiros o seu futuro, polític@s que seguem a ordem económica mundial imperante, ou seja, que nom vam defender os teus postos de trabalho, e porám a sua “soberania nacional espanhola” a disposiçom da atual lógica capitalista ( se a planta se topasse em Lleida ou Saragoça a classe política atuante poderia dar outra saída distinta à de Alcoa ). Que lhe importa ao PSOE e ao PP o feche de Alcoa e o futuro d@s trabalhadoras/es galeg@s?. Por que vai ser a ministra espanhola quem priorize umha ” luita ” de 800 trabalhadores/as galeg@s e asturian@s diante do ianque, quando fai parte dum governo que defende essa lógica capitalista que dita o feche da planta?
Já dixo, a planta nom estava noutro sítio, um sítio onde o PSOE tivesse que render contas, cumprir com compromissos políticos que levaram à ministra e a todo o seu partido e aparato a buscar umha soluçom real. O PSdG/PSOE nom rende contas na Galiza ainda que as forças políticas nacionais se brindem politicamente a ser o seu ponto de apoio no nosso país desde há muito tempo e para sempre.
A guerra de Alcoa foi esta?: as reinvidicaçons d@s trabalhadores/as som trasladadas aos governos de Sanchez e Feijóo diretamente para negociaçom com os donos da planta, e paralelamente os sindicatos e trabalhadoras/es manifestam-se ” pressionando ” para que se dê esta negociaçom entre dous inimigos seus.
Os donos estado-unidenses nunca pensaram que lhe sairia tam fácil e barato o fecho dumha planta, e os governos central e autonómico estám bem contentes ao ser os vozeiros da classe trabalhadora ( aos que se lhe concede total legitimidade ) sem que esta, nem sindicatos, nem comités de empresa ” pressionem ” de forma devida e correta, para defender – já nom o fecho da central – os postos de trabalho e o futuro laboral assegurado d@s trabalhadores/as. A luita sindical vai da mao da luita obreira, nom da mao de polític@s inimigos de classe. Remataram ratificando um acordo com a empresa que nom assegura nada, só 6 meses mais de espera do ERE e feche da central sem proposta segura de comprador para nom levar ao cabo estes planos.
A CIG nom assina
Depois do errático caminho em este conflito, a central sindical nacional do país, a CIG, nom assina pre-acordo por nom cumprir os mínimos estabelecidos em assembleia d@s trabalhadoras/es de Alcoa, e denúncia que vai contra o acordado naquela assembleia (reativaçom das cubas de electrólise e nom aceitar despedimentos ). Mas agora que?. Só chega dizer que a situaçom é ruinosa para Alcoa e para a indústria galega umha vez mais, que incluso pode falarse do Estado a financiar ( a quem se lhe deu “rango” de vozeiro ) o desmantelamento da planta?. Evidentemente nom, nom deveria chegar. Mas as contradiçons som fortes nesta central sindical desde há tempo, como a desconvocatória de greve geral, ou a posiçom adotada neste conflito no que os teus inimigos de classe vam negociar o teu futuro sem nem sequer aportar a tua parte: o protesto obreira, a defesa do teu, o combate, nem mais nem menos ” pressionar ” como sempre pressionou a classe trabalhadora quando se trata de algo como o fecho de Alcoa.
Vemos que, tanto a CIG ( por meio do twitter ) como @s trabalhadoras/es (fam concentraçons e querem entrevistar-se com P. Sanchez ) seguem ” pressionando ” depois de estar assinado o acordo que certifica despedimentos e fecho. A CIG já o deixou claro na sua retirada (o acordo vai contra o disposto em assembleia de trabalhadores/as), ademais o comité de empresa e @s trabalhadores/as nom se sentem nada segur@s com o que assinaram. Tanto o sindicato como @s trabalhacoras/es tenhem os seus motivos (diferentes) para nom aceitar este futuro para eles/as e as suas famílias, ademais contam com a legitimidade de ser @s que trabalharam e trabalham nessa planta do setor energético na Galiza, e a legitimidade de rejeitar o assinado por nom ser bem ” tratad@s ” por parte do Estado e a ministra ( é isso o que ainda se denuncia ) e contam com o apoio de todo tipo de forças políticas, sindicais, do movimento social, cultural, e da populaçom em geral. Pois só há que fazer passar a legitimidade por cima das circunstâncias atuais, recolocar-se em posiçom de classe, agora é o momento de assegurar todos os postos de trabalho (nenhum despedimento) e a reativaçom das cubas. A planta está aberta e som @s que ali trabalham, @s que entram e saem quando remata o turno de trabalho, mas som esses mesm@s os que podem mudar todo o que ali acontece: quando entram ou quando saem, quanto se produz, e o mais importante, quando se fecha Alcoa e ficam tod@s dentro até que apareça inversor por ” arte mágica ” (1) e se lhe possa dar a volta ao já assinado.
(1) Polo momento o PSOE nom ativou a busca de nenhum inversor de forma clara, nom tivo necessidade, nom foi pressionado pol@s trabalhadores/as nem polas forças políticas nacionais (o PSdG/PSOE é amigo e manifestárom-se juntos na Galiza pedindo um comprador para a planta ao governo). Assim que tiver a ministra na sua agenda política (e o presidente do governo, podendo ser ) um conflito aberto, duro e incómodo como puder ser o de Alcoa (já o tem meio metido), e o da planta de Avilés, antes o acabara sacando.