Segundo fontes do sindicalismo nacionalista representado pola CIG, o primeiro ciclo da greve do sector das ambuláncias, começado no passado dia 8, está a ser um sucesso notável. Até o dia 11, o paro continua, para se repetir logo entre os dias 18 e 24 de fevereiro e do 4 ao 10 de março. Mais um dado que confirma a Galiza, como recolhe mesmo a imprensa comercial, como um dos territórios do Estado onde a conflitividade laboral vai à alça.
As e os trabalhadores das ambuláncias concentrárom os seus protestos nas redondezas dos principais centros hospitalares da Galiza, e advertírom que, de nom existirem avanços significativos nas suas exigências, a greve poderia virar indefinida.
Bloqueio institucional
Segundo o responsável de transportes da CIG, Xesus Pastoriça, a Junta está muito longe de actuar como mediadora das partes em conflito, decidindo-se a um activo ‘boicote’. Além de denunciarem os serviços mínmmos abusivos, o sindicalista recordou que o governo chegou até mesmo a gerir translados e altas de pacientes ‘com o serviço de taxis’, o que vulnera a legalidade e pom em risco a saúde das e dos doentes.
Estas atitudes, de novo segundo a central sindical, ligam com a cumplicidade da Junta com a empresa subcontratada : ‘isto nasce a raiz dos últimos contratos do urgente e nom urgente, que saírom a concurso por debaixo do custe, e a empresa, para competir entre elas, concorrêrom com propostas em baixa temerária, que a Junta aceitou.’ As contias económicas estipuladas pola Junta nom permitem cumprir com o estabelecido no convénio, gerando assim a ‘brutal baixa dos salários’.
A patronal rachou com o convénio e reconheceu a possibilidade de impagos a partir de março.
Demandas
Umha das principais reivindicaçons sindicais é precisamente a melhora salarial, com a recuperaçom do poder adquisitivo perdido desde 2015 e a recuperaçom da terceira paga extra. Os representantes das trabalhadoras também exigem a reduçom de número de horas, a prevençom de riscos e a saúde laboral.
Compostela será um clamor
O conflito das ambuláncias enquadra-se num dos focos de maior conflitividade laboral da Galiza dos últimos tempos, e lá onde se concentra um dos grandes focos de oposiçom à política neoliberal de Núñez Feijoo. As cenas de pacentes amoreados nos corredores do CHUS, e a notícia de falecimentos de doentes por umha nula ou seródia atençom, tenhem causado um certo impacto na populaçom, erodindo a credibilidade do PP e do seu discurso da ‘eficiência’.
Amanhá domingo, enquanto a extrema direita espanhola pretende ocupar as ruas de Madrid contra o independentismo catalám, Compostela será mui provavelmente um clamor contra os curtes sociais em sanidade. A Plataforma SOS Sanidade Pública pretende fazer confluir, e multiplicar em intensidade, as distintas reivindicaçons que o sector está a manter zelosamente em muitos pontos da nossa geografia. A manifestaçom exigirá umha maior partida orçamentária para a saúde pública, a um tempo que reivindicará a nom liquidaçom das áreas sanitárias comarcais -e os centros que se lhe associam. Entre as demandas colocadas, também haverá espaço para a luita dos PAC, um dos espaços mais desbordados por excesso de trabalho e escassa dotaçom de pessoal e material.