Na terça-feira 29 de janeiro, o grupo Satxa publicou no seu canal de YouTube Centos de km, umha cançom cuja letra reclama o fim da dispersom dos presos independentistas galegos.

O tema conta coa colaboraçom de Zeltia «Kuzko Düse», Paulo (Liska!), Jorge (Trapallada), Martín (Trapallada e The Skarnivals) e Fabián (Skándalo GZ).

Satxa: «O compromisso é o nosso dever»

«A ideia levava um tempo rondando, mas nom acadávamos a forma de expresá-lo como se merece. Neste aniversário, decidimos que o grupo estava pronto para posicionar-se dumha forma madura e fazer um tema para dar alento e, à vez, consciencializar a parte do nosso público habitual, menos presente nestes círculos», explica Satxa.

Em declaraçons ao Galizalivre, adiantam que nom será o único tema do seu novo disco, Verbas de liberdade (2019), «dedicado a esta luta».

Preguntados sobre se os grupos e as cantoras galegas estám suficientemente comprometidas coa causa nacional galega e, mais concretamente, cos presos independentistas galegos, respondem: «Por sorte, cada vez somos mais as comprometidas, mas queda muito por fazer». «De facto, nós mesmos vimos de mudar neste aspecto», reconhecem. «Faz falha espalhar muita informaçom, e a música é um dos melhores motores para chegar à mocidade», sinalam. «O compromisso é o nosso dever», afirmam. «Sem restar-lhe valor à parte artística, devemos aproveitar os meios que temos e colaborar como boamente possamos», concluem.

Que Voltem para a Casa! celebra a iniciativa

A porta-voz de Que Voltem para a Casa! Cristina Rodríguez mostra-se «encantada» coa iniciativa, que valora «mui positivamente» e agradece. «Desde a música podes chegar a certos sectores cumha facilidade que nom tens desde outros âmbitos», destaca.

Afirma que «a implicaçom da sociedade coa defensa dos direitos humanos dos presos independentistas galegos» incrementou-se. «Cada vez se fala mais, cada vez é mais conhecido o que está a acontecer cos nossos presos; a gente está mais sensibilizada co tema, e quando lhe falas disto sabem a que te estás referindo, quando falas da dispersom penitenciária entende-se, em termos gerais, como umha medida vingativa, umha medida desumana», explica.

Porém, incide em que «fazem falta ainda mais vozes, com repercusom pública e política, que rompam o silêncio com respeito a este tema e que se posicionem claramente contra a dispersom penitenciária». «Nom é umha questom de ideologia política, senom de direitos humanos, e, polo tanto, qualquer pessoa, qualquer grupo político, incluso à margem da sua ideologia, deveria posicionar-se claramente contra a dispersom penitenciária», asegura. «Ninguém que se considerar democrata pode estar a favor» da dispersom penitenciária, conclui.