Assim rematava Ruth Beitia, a agora já de forma definitiva metida a política (a antes atleta olímpica cântabra retirada no 2018), quando lhe perguntavam sobre a violência de género e o pacto do seu partido (PP) com Vox para governar Andaluzia. A jornalista escuitou algo como que a violência a sofremos mulheres, homes e animais, e que ao cabo tod@s somos seres humanos ( !!!??? ). Nom, atleta olímpica e medalhista, nom som os nervos de estar ao vivo (assim dixo no facebook), o que passa é que és umha vassala do fascismo espanhol e nom tes a mais mínima dialética para defender-te numha questom em que as mulheres como tu, do PP, deveriam ter. Aliaste com a ultra-direita mais rância e machista e atraiçoas-te como mulher (ainda mais), e diante dos meios de comunicaçom o teu intelecto atraiçoa-te de forma vergonhenta.
A deputada no parlamento cântabro, candidata à presidência deste, diplomada em fisioterápia, técnica de actividades físicas, professora de ciências da atividade física e o desporto amostra até onde chega a “cultura política democrática” em “Espanha” umha vez mais: desde exilad@s (com negaçom da extradiçom para o Estado espanhol) e pres@s polític@s de todo Estado e militância, até o bloco neofascista de Vox, PP e Ciudadanos, mas todos somos seres humanos.
Essa cultura política que vem ainda do Franquismo e todo o que deixou aquele Estado para o que chegou em matéria de divisom de poderes, cultura, educaçom, liberdades, mas também para os animais, como ela mencionava (nom com muito acerto). Que se pactuou com umha “esquerda” espanhola nacionalista e pouco interessada na democracia (e com a direita nacionalista catalá, @s que pagam aquela jogada “democrática” com prisom e exílio por ejercer hoje a verdadeira democracia). Umha cultura que domina a Ruth Beitia, e na que o seu partido, o PP, se sente cómodo, é-lhe própria, e trabalha com essa cultura para dominar politicamente.
Um nível democrático que permite um: “a por ellos!!” das “massas” nacionalistas espanholas à saída dum quartel da Guardia Civil com os seus Patrols ondeando bandeiras espanholas, até um suposto terrorista que queria matar ao Presidente do governo, sem ser acusado e tratado como tal, nom como outr@s (se assim se lhe ocorrer).
Este neofascismo, esta constituiçom neofranquista, etc… tem a sua cultura de Estado (opressor) nos meios de comunicaçom do Estado, na sua judicatura, nos corpos repressivos e em tudo o que precise para exilar, encarcerar e matar a quem questionar fortemente a sua democracia, ou a quem tentar “libertar-se” da sua “cultura” opressora.
Depois do Procés, ficou claro qual é esse nível democrático ou essa cultura, e até onde chegou:@s “republican@s” de Podemos e IU que “reconhecem” o direito de autodeterminaçom atraiçoárom a democracia e a esse direito em Catalunha. E por outra banda, o constitucionalismo antidemocrático militante une-se em Societat Civil Catala (PP, PSOE, Ciudadanos com Vox, Falange, etc…), “plataforma de massas” de onde saem as bandas fascistas violentas mais ou menos ligadas ao estado e aos partidos mais ultras e núcleos fascistas que ficam doutros já extintos. Também fica claro esse nível, e até onde chegou com cousas assim: relaxing cup of café con leche (Ana Botelha), o dinheiro público nom é de ninguém (Carmem Calvo), em Madri esta permitido todo o que nom esteja proibido (Esperanza Aguirre), e, é o vizinho quem elege ao alcaide, e é o alcaide quem… e muitas mais (M. Rajoy).
Quem tentar subverter a “ordem cultural”, esta realidade socio-política nojenta e retrograda, como quem tentou desde o 75/78, topará-se com nov@s lacai@s da oligarquia como Beitia (1) para reafirmar esse projeto secular opressor espanhol alheio a toda democracia e liberdade, mas agora fortalecido com a direita mais franquista. As conquistas das mulheres ela liquida-as com umha assinatura (PP) e com umha burda e penosa contestaçom para umha mulher candidata a Presidenta dum parlamento (todos somos seres humanos).
(1) Se agora chega definitivamente esta ex-desportista, há só uns dias abandonava a equipa política de Abel Caballero a que fora alpinista viguesa Chus Lago, e também já ex-concelheira de desportos e meio ambiente.