Estamos cegos, nubrados por umha realidade distorsionada. Drogados, preocupando-nos por cousas irrelevantes e deixando de lado o realmente importante. Isto nom acontece simplemente com a política, senóm que podemos transladá-lo a todos os ámbitos da vida e da sociedade.

Muitas vezes valoramos máis a gente de fora que a que realmente esta a apoiar-te em todo momento, a que esta cada dia da tua vida escuitando os teus problemas, luitando pola túa causa, e incluso assumindo consequências polo noso objectivo comum.

Este artigo nom é mais que umha reflexom interna sobre algo que nos acontece a todas. Valorizemos o nosso, nom o deixemos no tinteiro.

Umha das cousas que parte do independentismo e nacionalismo galego tende a esquecer é a existência das nossas presas. Estas sofrem cada dia a vulneraçom dos seus direitos ao ser julgadas por um tribunal que nom tem legitimidade para o fazer como é o caso da justiça espanhola.

Preferimos esquecer-nos das nossas presas,da sua dispersom,da sua imposibilidade para estudar dentro da cadeia como lhe acontece ao noso companheiro Raul Agulheiro, e centrar-nos simplesmente na existência doutras que vendem mais.

Gostaria-me ver os partidos galegos visitarem cada umha das presas independentistas galegas que levam tantos anos na cadeia sofrendo a repressom dum estado neofranquista, mais parece que é mais singelo reclamar a liberdade dos de fora e mesmo ir a Lledoners, mas nom fazê-lo para as nossas presas.

Esta posiçom por parte destes partidos nom é mais que a traiçom para pessoas que pugérom a sua vida e figérom acçoms assumindo as consequências que puderem ter, com o objectivo de criar consciência. Essa mesma consciência que tentam criar estes partidos e após 40 anos tentando-o nom o conseguem.

Enche-se-lhes a boca falando das presas catalás, e esquecem-se das nossas. Gostaria de fazer-lhes duas perguntas tanto ao BNG como à Mareia: Quando ides parar de fazer Marketing e luitar polos direitos das galegas?

Por que valorizades mais as de fora que as nossas?

Pagam o preço da prisom, afastadas da sua terra e submetidas a um sistema carcerário que pretende a sua destruiçom humana e política, simplesmente por defender com dignidade o povo galego. Mas isto semelha que nom é avondo para estes partidos e gostam mais de mártires que saiam mais nos meios de comunicaçom e dos que puderem tirar rédito político.

Tenho umha mensagem para vós: nom representades o povo galego.

Muitas seguiremos no caminho da liberdade, o que nos ensina o melhor da nossa história. Estamos convencidas que só ese caminho, conduzirá-nos ao respeito dos direitos que nos correspondem como Naçom e a liberdade das nosas presas. Vos ainda estades a tempo de posicionar-vos, a equidistáncia na que levades todos estes anos nom é mais do que posicionar-se ao lado da repressom.

Isto nom é máis que a breve reflexom dum independentista que discrepa com as acçons levadas a cabo polas presas por carecer desde a minha óptica dumha acertada análise do contexto e ser contraproduzente para a conscienciaçom da sociedade e o movimento independentista galego.

Apesar da minha opiniom persoal, todo independentista galego debe posicionar-se ao caróm da liberaçom das nossas presas políticas. Por serem julgadas por um órgao que nom tem nengúm tipo de legitimidade para o fazer. E por nom respeitar os direitos de cada presa a ter um juízo justo, nom há nada mais que ver o que está a acontecer com Catalunya, mas isto já aconteceu antes aqui e em Euskal Herria. Da mesma forma também debemos condenar a perseguiçom política que sofre cada umha delas, polos meios do regime. Deixo-vos reflectir.

Assinalar as causas da opressom da classe obreira galega, sem delitos de sangue é terrorismo?

Gostaria de rematar esta opiniom fazendo um chamamento às forças políticas galegas a solidarizar-se ativamente com as presas independentistas, desde a denúncia a luita e a presença permanente nas ruas.

O caminho para a nosa libertaçom nacional está máis perto do que nós pensamos, cumpre remarmos juntas ao mesmo tempo para o conseguir.