Desde que o 30 de Maio do passado ano fora desalojado o local da Algalia de Arriba onde estava o CSO Escárnio de Maldizer, o movimento okupa compostelám nom disfrutava dum espaço social okupado no centro da cidade. Mas ontem aparecia umha faixa com a legenda “CSOA O ATURUXO DAS MARÍAS” pendurada das galerias dum velho edifício que está ao pé da Alameda. Ontem fazia-se realidade no número 1 da rua do Campo do Cruzeiro do Galo a consigna “um desalojo, outra okupaçom!”
O próprio coletivo okupa apresentava-se nas redes sociais cum breve comunicado:
“Boas! Somos um grupo de pessoas que vivem em Compostela, que buscamos recuperar espaços comuns, tecer e fortalecer redes entre a gente dos bairros. Estamos em uma cidade configurada pola especulaçom, pola precariedade econômica e polo turismo insustentável, em que o isolamento e a falta de apoio entre as pessoas estám na ordem do dia. Numerosos imóveis estám abandonados e alheios às necessidades das pessoas.
Diante deste cenário, consideramos legítimo recuperar espaços mortos e vazios para enchê-los de vida. É por isso que queremos construir um centro social okupado e autogerido, onde todas as pessoas decidimos e temos cousas que aportar. Um espaço de confiança e segurança que nom é exclusivo da juventude, mas que todas as experiências tenhem espaço. Sem mais, apresentamos com muito entusiasmo o CSOA O aturuxo das Marías.”
Logo da dureza repressiva com que as forças repressivas atuaram nos despejos do CSO Escárnio e Maldizer e do CS A Insumisa, esta nova okupaçom demonstra a capacidade e a coragem do movimento popular para superar o medo e dar novos passos cara a autogestom.
Com umhas formosas vistas à catedral de fundo, aguarda-se que este novo espaço acolha as múltiplas iniciativas solidárias e associativas que podam xurdir na cidade, que ajude a fortalecer o movimento associativo e seja um contraponto disidente contra a politica reformista da nova esquerda.