Se há um mes saía Maria Osório da cadeia de Mansilla Leom ) como a última presa independentista encarcerada e dispersada, hoje quero lembrar – com umha pequena nota- a primeira em entrar (também a primeira em sair) ; e a primeira junto com Ugio Caamanho em inaugurar esta ultima vaga de luita e confronto direto com o Estado, e como nom, de repressom. Giana Gomes Rodrigues, pontevedresa e militante da auto-dissolvida Assembleia da Mocidade Independentista, foi em aqueles momentos umha das moças que se comprometeu com a independência, o socialismo e umha luita de resistência nacional. Foi detida em Julho do 2005 depois dumha açom contra a Central de Caixagalicia em Compostela, onde também caía o seu companheiro de luita. Daí em diante sofre dispersom em regimem FIES nas cadeias espanholas de Brieva (Ávila) e Soto Del Real (Madrd). Em Brieva sofre agressons e maus tratos junto a presa basca Amaia Urizar.
Talvez ao terem passado já dez anos da sua excarceraçom, ou seja, mais três que a de Ugio ( 2011 ), e o su companheiro ter deixado mais rasto que ela no Movimento ( detido na Jaro II ) após a sua saída, pode haver nas mais novas geraçons um certo desconhecimento de ela ter sido a “primeira da ultima vaga”, de que há umha Giana Gomes Rodrigues.
Como toda presa politica combativa e consequente sofre na prisom o que já ela sabe o que vai sofrer, mas também sabe que vai ser julgada como política, e aí tal vez nom saiba até onde pode chegar a ” qualidade ” repressiva da AN do estado espanhol: pagou em prisom preventiva a condena imposta em 2008. Mais umha vez era exemplo de ser julgada e condenada por todo o aparato do Estado quando se detém ( 2005 ) a umha militante que confronta direitamente com este. Se foi valente e coerente antes do 2005, muito mais o foi até 2008, sendo recebida como umha lutadora em diversos atos na Galiza.
Antes que ela já existiram umha Sabela (Assembleia do Povo Unido), umha Alexandra (Exército Guerrilheiro do Povo Galego Ceive), etc., independentistas presas numha anterior vaga de luita ; bem sabiam elas todo o que esto significa. A Giana recolhia um testigo de luita e era continuadora histórica das anteriores.
A existência de presas e presos independentistas vem-se dando na Galiza dende há quase 40 anos, nom sempre de forma continuada, masnum país oprimido, assovalhado e dependente sempre haverá quem levante a bandeira pola Pátria e Classe.
Agora, nestes momentos do 2018 ficam em prisom Roberto R. Fialhega (Teto), Eduardo Vigo, e Raul Agulheiro, combatentes em dispersom e FIES. A Plataforma de familiares e amigos Que Voltem para Casa volveu à ” carga ” para fazer valer os direitos dos nossos presos, e trazê-los a cumprir a condena para sua terra. Assim como no Estado se reconhecem esses direitos para outros e outras, sendo hoje o conflito distinto e a conjuntura com o Estado também, animamos Que Voltem nesta tarefa árdua, mas muito digna, para poder conseguir o seu propósito.