Por Chema Naia /
Fago hoje um chamado à minha geraçom para juntar-se a Mocidade pola Independência com toda a sua determinaçom, força e vontade. Este nom é um projeto de BRIGA ou das caras companheiras de Isca, nom o é tampouco das sindicalistas de ferro da CUT, nem das irmãs Galiza Nova, nem dos bons de Causa Galiza, nem do anarquismo de raizame nacional, nem é o espaço dos feminismos rebeldes em luita sem trégua. Pretende ser o espelho e projeto político da mocidade do País.
Falamos de naçom galega significando que temos a vontade de ser coletivamente, de ser povo, sem dependências e cuidando a nossa identidade. Seremos na medida que somemos, nem mais nem menos, aos nossos coetâneos. Podemos ser a geraçom da vitória, formada por cidadãs livres numha Galiza soberana.
Organizamo-nos porque no aceitamos com resignaçom que as crianças do nosso Povo se espanholizem no liceu, nem acatamos que se esfarele a nossa economia produtiva, nem o nosso eixo agrário. Luitamos contra a praga de eucaliptos que desfaz o nosso monte. Contra um modelo de País de pequenos reinos de taifas que remata fomentando rivalidades internas pola gestom da miséria que nos dá o Estado, como se vê na gestom das infraestruturas com duplicidades ou dilapidando fundos públicos na construçom dum AVE enquanto nom temos linha de ferro até Lugo.
Mas nom quero descobrir aqui a situaçom da nossa Pátria, em estado comatoso. Nom quero falar da normalidade democrática que administra a morte da nossa idiossincrasia, nem do nacionalismo vácuo que frustra historicamente o desejo e a necesidade de soberania a través da retórica e o burocratismo. Só digo que coma moças podemos unir-nos em Compostela ou em Cúntis e neste tempo de crise nacional e de classe falar, organizar e difundir, para ser centos, para ser milhares.
Pensemos cada passo, lentamente, agora toca democratizar e territorializar para aprofundizar umha unidade por volta de mínimos comuns denominadores de rutura democrática nacional. Poderemos? Estou seguro de com horizontalidade, determinaçom e imaginaçom sim.
Saúde e Terra.