Tática: meios que se empregam de forma hábil para obter os resultados desejados.
Vergonha: perturbaçom moral produzida polo receio do ridículo;… sentimento penoso de humilhaçom ou rebaixamento diante de outro.

Estas som as definiçons -entre outras- que atopamos destas palavras  que tanto se escuitam e lem. Som palavras totalmente vigentes (ainda), nom como outras que podem  perdem esse vigor assim um/o povo as deixa de vigorizar. Um/O povo pode ter a força do vento e do mar, incluso poderia representar essa nave que sulcando o mar ” domina” o mar e o vento, mas nessa dominaçom colectiva da tripulaçom existe um leme e um timoneiro. Deixando as metáforas, e indo com um exemplo claro e nítido de leme e timoneiro, tod@s (ou nom?) temos o gosto definido -muito mais à esquerda- por quem deveria levar o leme no processo independentista catalám -que tod@s apoiamos e reconhecemos como exemplo de avanço democrático e pola independência- e quem na realidade é ali o timoneiro.

Vou já com umhas reflexons que vinha fazer, mas bem, perguntas em voz alta, e tal vez tenham a ver com o título do texto.

O chamado sindicalismo combativo da Galiza desconvocou numha greve geral com a chegada do PSOE ao governo espanhol. Que “oferecia” o PSOE para tomar essa decisom? Depois de umha decisom assim, de que forma mais directa se lhe transmitírom as demandas d@s trabalhadoras? Era necessário transmitir-lhas? Que segue “oferecendo” ou “dando” o governo espanhol na sua política anti-galega e anti-obreira para que nem se fale dumha nova convocatória? As próximas eleiçons à vista contam em algo para isto?

Claro, acreditar no governo do PSOE para desconvocar a greve já nos vai dando umha ideia do que se pretendia com aquela greve. Era umha greve geral combativa polo povo trabalhador galego? Bom, pois ainda se vai acreditar mais neste partido constitucionalista espanhol via sucursal galega.

Com os olhos postos em Catalunya e no movimento independentista às vezes perguntamo-nos como podemos estar tam longe política e socialmente deste país, se um dia chegamos a estar mais perto. Aí chegarom  com o Estatuto no 1936, e antes e depois com os distintos GALEUSCA (dende 1923 até1944)  @s noss@s antepasados nacionalistas e independentistas. Mas esses nossos antepasados nom sei se entenderiam bem a distância (política) imensa que nos separa da sociedade catalá. A ambiçom e coerência do nacionalismo ( e independentismo) galego no 36 com um Estatuto como o Catalám e o Vasco parece que nom ficou reflectido no que poderíamos chamar a “história real “.

O golpe fascista ao governo estatal democrático de 1936 e as suas conseqüências sofrérom-nas todos os povos oprimidos do estado por igual. Diferente é, por exemplo, o reagir dum povo, muito marcado por como e quem reage dentro de esse povo, diferentes serám as colectividades e organizaçons ( de todo tipo) que nascem em cada povo, e diferente será o futuro desse povo. Nos 60 superou-se o Pinheirismo claramente e fomos maiores de idade politicamente (sempre obrigad@s a elas!).

Nasceu Via Galega há uns meses com a intençom de criar umha consciência nacional pola autodeterminaçom da nossa naçom. Plataforma apartidária de diferentes colectivos socioculturais de todo o país, mas claramente impulsada polo nacionalismo maioritário. Por que nasce Via Galega? Nasce para criar consciência nacional pola autodeterminaçom? Se nasce umha via pola autodeterminaçom do/para o povo galego e se quere que as primeiras bases desse povo que puderem entender essa dialéctica a escuitem, por que nom se aproveita um Dia da Pátria onde se podia artelhar um grande acto de Via Galega com milhares de pessoas em Compostela- respeitando ainda actos próprios – para abrir essa VIA? Interessa-lhe ás/aos oradores/as da Quintana abrir a Via? Por que certos independentistas nom questionam “pola esquerda” a Via Galega, e outr@s a apoiam?

Existe Galiza com Catalunya em solidariedade com o processo independentista, e nom sei por que tem que ser agora que pequenos colectivos minoritários tirem da plataforma nestes momentos, ou se nom, fica inactiva (Diada activa, 1 Outubro Inactiva). Como pode ser que nestes momentos se nom fora por iniciativa de pequenos colectivos independentistas nom haveria acto nacional pola Diada na Galiza?

O outro dia as autoridades politicas coloniais, ou o que é o mesmo, os herdeiros directos do franquismo no mega-projeto fraguiano da cidade da cultura ” cuspírom ” umha vez mais sobre Castelao, mas esta vez ” cuspírom” também sobre Bóveda. Se Castelao construiu a nossa memória histórica, se A última liçom do mestre ” é o nosso Gernika, vaia, se temos claro o que significa para nós tanto Castelao, Bóveda, fascismo, repressom, franquismo, PP, democracia, liberdade e pátria; por que se legitima por parte do nacionalismo com a sua presencia o discurso do herdeiro do assassino de Bóveda? É lógico e razoável politicamente que no 2018 @s supost@s herdeir@s do exilado e assassinado galegos compartam acto e lhe dem o poder central ao herdeiro do franquismo? Qual é o benefício politico para a nossa naçom (para Castelao e Bóveda) de essa aposta? (se o houver?). Como pode ser que em Catalunya se enfrentem com presídio e exílio ao PP -e a outras forças constitucionalistas ou nacionalistas espanholas- para um avanço democrático, e aqui o nacionalismo galego legitime o nacionalismo espanhol em actos assim? Quer o nacionalismo galego avançar democraticamente como avançárom em Catalunya ou quer avançar no parlamentinho e também em Madrid e melhorar as condiçons de “autogoverno/estatuto/possível melhora da constituiçom espanhola”.
E já para rematar de perguntar: quantas mobilizaçons da manhá do 25 de Julho fôrom Patrióticas?

É patriota a nacionalista galega que acompanha ao chefe político autonómico e herdeiro de Fraga e Franco em actos como o que falamos?
Por que só na Galiza reclamam a independência uns centos de pessoas no Dia da Pátria?
É este o quadro político de por vida para o nosso povo?
Que nunca se escuite, que nunca se fale…. Entenderiam isto @s do 36?