A decisom da transnacional ianqui Alcoa de fechar as plantas d’A Corunha e Avilés (privatizadas no seu dia polo governo espanhol) fai ressurgir a luita proletária em defesa de centos de postos de trabalho. Além de que neste caso concreto da indústria do alumínio também fai ressurgir o debate da nacionalizaçom dos sectores productivos estratégicos.

O sector do metal galego sempre foi um exemplo de luita proletária. As condiçons sociais e laborais derivadas (conseguidas pola burguesia) da “crise” (estafa) capitalista conseguírom (com ajuda de sindicatos e de partidos políticos de “cámbio”) manter á classe obreira calada (silenciada), brigando e suplicando por um posto de trabalho. Agora é necessário apoiar a luita dos trabalhadores de Alcoa, que fortalecerá a luita do proletariado do metal e da clase obreira galega para assim reagir com a radicalidade lógica que afiançe umha luita obreira própria que seja peça básica para a libertaçom nacional. É necessária umha estratégia em mãos d@s obreir@s organizad@s que nos permita a defesa como classe, evitando, por exemplo, estas deslocalizaçons da grande burguesia.

O nacionalismo maioritário leva ja um tempo a falar dumha tarifa eléctrica galega ou da cessom da AP-9, simples reformas impossíveis de conseguir sem ter o poder político no parlamento galego (sem quase competências) e no congresso do estado espanhol. Sendo possível acadar certos avanços para o proletariado com reformas dentro do actual marco político e económico do estado opressor, estas reformas nom vam fazer mais que afiançar a confiança que tem o povo nesse marco político e económico espanhol, que soamente serve aos interesses do grande capital. O problema do reformismo é exactamente esse: pensar que com a reforma se solventa tudo no canto de utiliçar a reforma para reforçar a revoluçom.

É prioritário evidenciar as contradiçons do sistema capitalista, evidenciar a impossibilidade de avançar cara a nossa libertaçom com simples reformas, evidenciar que soamente mediante a luita e o combate contra o estado espanhol e contra o seu marco político e económico será viável a nossa libertaçom como classe e como naçom.

A nacionalizaçom dos sectores productivos estratégicos é mais umha reforma dentro do actual marco político e económico que nos submete (de facto seria umha autonomizaçom destes sectores), que de se quedar aí afiança o crédito popular no estado espanhol, pero que de se utiliçar como ponto de apoio para o avanço do proletariado pode servir para nos acercar á libertaçom nacional e social.

O controlo dos sectores produtivos estratégicos por parte da actual Comunidade Autónoma Galega, além de requerer umha mudança substancial da relaçom com o estado quanto a competências, seguiria deixando estes sectores á graça da grande burguesia (governe quem governar), nom sendo que se aproveite dito controlo por um governo popular para trabalhar no caminho da independência do nosso país e da nossa classe.

A recente traiçom do auto-denominado sindicato nacionalista e de classe quando desconvocou umha greve geral acreditando em que a mudança de nomes no governo espanhol se ía traduzir em mudanças nas condiçons laborais, somada à impossibilidade de artelhar respostas dignas e populares ás condiçons de precariedade que sofre o proletariado galego, evidenciam que, de nom se produzir umha mudança de rumo da central sindical nacionalista, a luita do proletariado galego vai necesitar prescindir dela para poder avançar no combate contra o estado opressor. Ainda lhe queda crédito, mas de continuar sendo um freio para a luita obreira vaino perder bem cedo. A auto-organizaçom dos trabalhadores é cada vez mais habitual e, ante o actual panorama sindical, necessária.

O povo galego precisa conseguir a soberania que hoje posúe o Estado espanhol sobre o nosso país e sobre o nosso povo, a soberania que possui a través da grande burguesia sobre a nossa economia e as nossas infra-estructuras, a soberania que nos pertence como povo e que devemos recuperar se nom queremos desaparecer (ou nos diluir) coma tal. A nossa sobrevivência a médio-longo prazo como povo, a sobrevivência da nossa cultura e da nossa idiossincrasia, do nosso jeito de viver e de encarar a vida estám em jogo de nom acadar a nossa própria soberania.

O Estado espanhol, dirigido pola mesma burguesia desde há oitenta anos, é o principal garante do sistema capitalista e, polo tanto, da principal opressom que sofre cada trabalhador/a, cada camponês/a, cada marinheir@, cada obreir@ galeg@ dia-após-dia. A luita do proletariado galego e do independentismo galego é indissolúvel sempre que o objectivo seja transformar a realidade e superar este sistema perverso e já decadente. Só elevando o nível de conflito social e afiançando posiçons com paciência, compromisso e luita será posível conseguir a nossa libertaçom como clase e como naçom.