Por Sabela Castro /
Apesar de que a conselharia do meio rural conta com um plano de prevençom contra a vespa velutina traçado no ano 2016, na prática as pessoas particulares e sobretodo o sector da apicultura galega estám a fazer frente em solidom a esta praga que ameaça mui seriamente o nosso ecossistema. Para além das vítimas humanas pola mordedura da vespa, o problema em vindouros anos ameaça com atingir toda Galiza, pondo em sério risco o sector apícola e a nossa biodiversidade: som as consequências dumha intervençom humana tam agressiva no meio natural.
Breve retrospetiva
A vespa velutina entrou na Europa por França no ano 2004. Concretamente polo porto de Burdeos e supostamente em um barco com carregamento madeireiro chinês. Teoricamente aqui está a raíz do problema que na Galiza se manifesta com intensidade desde o 2011. Em Euskal Herria detetou-se no ano 2010 e supom-se que essa foi a entrada da vespa na Península Ibérica. Desde os anos 2013 e 2014 está em continua expansom em direcçom leste.
Na Galiza, seguindo esta mesma direcçom, colonizou primeiramente as “províncias” de Ponte Vedra e A Corunha. Lugo e Ourense vinhérom a continuaçom, registando-se ninhos na Fonsagrada no ano 2017. No ano 2015 a Junta neutralizou quase 8500 ninhos e no 2017 recebêrom-se avisos por mais de 21000 ninhos. Finalmente o ritmo de colonizaçom da espécie calcula-se numha rátio entre 80-100 kilómetros por ano. As “ províncias” interiores vem-se, por agora, menos afetadas. As pessoas especialistas duvidam de se se deve à climatologia mais adversa ou à presença do tártago europeu, que poderia estar a competir com a velutina.
A vespa nom supom, em princípio, nengum inconveniente a maiores para a saúde humana do que umha vespa convencional. O problema radica em que a alimentaçom das suas larvas a realiza caçando um amplo leque de insectos, entre eles a abelha melífera. Por outro lado a produçom hortofrutícula vê-se ameaçada, já que também som consumidoras de carbohidratos que obtenhem de fruta madurada.
Chove sobre molhado, a vespinha do castinheiro
Neste mesmo sentido, umha outra espécie invasora também procedente da China, a avespinha do castinheiro, atinge já o 80% das zonas produtoras em Galiza. Este outro insecto, menos conhecido pola sua menor alarme social, interfere na fonsíntese e a floraçom dos castinheiros. A árvore muda de folhagem e parez mesmo que está presta a morrer. Ao parecer e segundo dados de Agosto de este ano a produçom de castanha em Galiza caeu um 30% , dados estimados polo presidente da IXP Castaña de Galicia, Jesús Quintá em declaraçons para a imprensa. Estamos longe do sucedido em Itália desde o ano 2002, onde a producçom de castanha se viu drasticamente reduzida, ainda que o panorama pode piorar se o escarabelho aethina tumida, também presente neste país europeu, chega a Galiza. Este insecto entra nas colmeas descomponhendo o mel com os seus excrementos.
Globalizaçom e impacto humano no meio
Nom cabe dúvida de que a globalizaçom, o tránsito de cidadania e o comércio a nível mundial som perigos que finalmente rematam por afetar-nos diretamente, ainda que nom se reflexione sobre os mesmos ou se vejam longe. Ambientalistas de todo o planeta asseveram que existem dados clarificadores que nos apresentam o panorama como preocupante, sobretodo porque existe um trânsito de espécies a nível mundial enorme que, segundo Ecologistas en Acción terám uns efeitos nos ecossistemas “constantes e cada vez mais brutais”. Este organismo ambientalista coloca como exemplo gritante a ilha de Madagascar, onde o impacto humano no ecossistema através da agricultura, gadaria, exploraçom florestal e introduçom de animais domésticos comportou a transformaçom total do 85 % da superfície da ilha. Também da sua climatologia, e todo em um breve prazo de trinta anos. Estamos perante um problema que pode apresentar-se como irresolúvel a curto prazo?
A dessídia da Junta
Precisamente é a isto ao que apela a Junta da Galiza quando é perguntada polo tema da luita contra a velutina: devemos aprender a conviver com estas espécies invasoras, já que som relidades difíceis de atalhar. Fôrom as palavras da conselheira de meio rural Ángeles Vázquez, a qual jogava balons fora asseverando que a Junta nom tem competências na erradicaçom de pragas. Neste mesmo sentido se tem pronunciado o Ministério espanhol de agricultura, reconhecendo nom ter os meios necessários nem tampouco os conhecimentos precisos para atalhar a praga.
As associaçons de apicultores e apicultoras, nomeadamente a AGA, consideram que as administraçons vam muito por trás do avanço da praga, sem ouvir conselhos de expertos nem convidar ao sector às reunions pertinentes sobre o tema. Precisamente esta associaçom em um comunicado recente considera que a proliferaçom de artes caseiras para atalhar o problema se deve a “ umha ineficaz gestom dos organismos competentes”. Umha das recomendaçons que lhe oferecem à Junta desde o sector é que suscreva convénios de investigaçom com diferentes universidades galegas.
Desde o ano 2014 a Junta conta com um plano de luita contra a velutina actualizado no ano 2016, mas nom se conhecem publicamente nem orçamentos nem acçons concretas mais alá dos ninhos neutralizados.
Possíveis soluçons, sempre escassas
Todas as pessoas expertas coincidem em que a vespa chegou para ficar e que apenas se pode fazer umha luita de contençom. Na verdade sempre se fala de luita biológica, de trampas ou de investigaçom, mas nunca se aprofunda na responsabilidade humana que há na matriz do problema. Sendo assi o futuro continuará sempre exposto a este tipo de ameaças.
Neste sentido, na França som pioneiros na luita contra ela. A estratégia que se segue é o trampeo de raínhas e localizaçom de ninhos primários. As raínhas atrapa-nas principalmente em primavera. Agora mesmo estudam trampas com feromonas. Um apicultor francês e investigador da Universidade de Tours, Eric Darrouzet, durante um curso ministrado para a Associaçom Galega de Apicultura, considerou pouco provável que as abelhas aprendam por elas próprias a defender-se da espécie invasora, polo que as pessoas devemos manter-nos activas contra a praga.