Por José Manuel Lopes Gomes /
Depois de décadas de luita, a marcha de ENCE da Ria de Ponte Vedra parece cada vez mais perto. Assi se desprende dos conteúdos da juntança mantida por Antón Masa e Benito Andrade, dirigentes da APDR, com representantes do governo em Espanha. O futuro da planta de Louriçám e, por extensom, do meio ambiente da Ria, fôrom os temas postos na mesa.
Duas conversas
As reunions decorrêrom há quatro dias; a primeira delas juntou na mesma sala os ambientalistas galegos com o Director do Departamento de Assuntos Económicos da Presidência, Manuel de la Rocha, acompanhado de auxiliares do seu departamento. A segunda das juntanças tivo lugar com Ana María Oroño, Directora Geral de Sostibilidade de Costa e Mar.
Coincidências
A APDR assinala que as coincidências com os novos gestores da Moncloa som importantes no respeitante a ELNOSA: o direito de ocupaçom de Louriçám caducou no caso da cloreira, polo que resulta iminente “a resoluçom definitiva do expediente em forma positiva para os interesses da associaçom e de quem aspiramos à recuperaçom da Ria”. Embora a APDR mostra diferenças importantes com o governo espanhol quanto a prazos e tramitaçons do expediente, ambas as partes falam dum “tempo curto” para a libertaçom dos terrenos.
ENCE ainda no ar
A situaçom da pasteira está judicializada, e os representantes do PSOE, segundo conta afirma a APDR no seu comunicado, cifram a resoluçom do conflito na resoluçom dos recursos na Audiência Nacional. A plataforma ambientalista, tal como expujo no dossiê entregado às autoridades espanholas, manifesta que tanto a resoluçom do expediente de caducidade de ENCE como a concessom da prórroga de 60 levárom-se adiante com sérias irregularidades.
Negociaçom e mobilizaçom
As juntanças mantidas nom resolvem a calculada ambiguidade do PSOE que, como é costumeiro, quer continuar a servir de eficaz gestom da oligarquia e ao mesmo tempo a cativar o eleitorado auto-enganado sobre a sua condiçom de “esquerda”; porém, as reunions si venhem a redondear um trabalho consciencializador mantido no tempo pola, APDR com grande firmeza, que erodiu a legitimidade de ENCE na boa vila e na Galiza inteira. Doravante, e como da mesma associaçom manifestam, “a mobilizaçom social seguirá a ser fundamental” para a expulsom do complexo da Ria. De se produzir este, daria-se um passo de gigante contra o lobby eucalipteiro que condena o rural galego.