Por José Manuel Lopes Gomes /

Com três meses de antecedência, o movimento bretom quece motores para o que se espera umha grande manifestaçom polo direito a decidir e o reconhecimento da territorialidade deste país irmao. Em duas conferências de imprensa nas semanas passadas, celebradas em Rennes e Nantes, representantes de diferentes sensibilidades bretonistas aunadas em 44=Breizg anunciavam acto nacional para o vindouro 29 de Setembro.

As palavras de orde ‘direito a decidir’ espalham-se também na Fisterra do norte. A Bretahnha, partida polo centralismo francês em departamentos, e com umha parte do seu território amputada (parte que inclui a grande cidade de Nantes) pretende catalisar a sua vontade soberanista com um primeiro passo : a consecuçom dumha única entidade territorial para a Bretanha histórica.

Referendo como direito

O eixo principal da reivindicaçom é o direito a decidir ; a ideia dumha consulta democrática que parta dos poderes locais está a movimentar sectores muito diversos que acreditam que ‘a democracia nom pode esperar o calendário das instituiçons de Paris’, por palavras literais dos activistas.

Em tal emanaçom da soberania popular, o povo bretom deveria estabelecer sem ingerência qual o seu território nacional, e que nível de auto-governo iria desfrutar. Os e as convocantes dim que tal possibilidade de pronunciamento popular continua o ar dos tempos, e citam os exemplos da Escócia, a Catalunha e a Nova Caledónia. Porém, esclarece o movimento polo direito a decidir, ‘a Bretanha marcará o seu próprio calendário, com ou sem permisso de Paris’.

Amplam-se aderentes

A movimentaçom social bretá tem umha forte apoiatura no movimento cultural do país, nomeadamente nos Tir ar Vro (centros culturais), sem esquecermos a própria esquerda independentista, que desde há mais dumha década tem pulado com especial ênfase polo reconhecimento territorial. A iniciativa visa ‘o lançamento dum novo ciclo militante que remate por possibilitar um referendo de Brest a Clisson’ (em alusom às duas localidades que constituem os limites do país.

Redes sociais

Além da rua -milheiros de cartazes e colantes começam a circular polas cidades e vilas da Bretanha-, a iniciativa terá o seu lugar nas redes sociais, caso do Twitter, Facebook e Instagram. Pretende-se que a base social envie fotos com a legenda ‘J’agis pour décider en Bretagne. Et vous ?’.