Por Jorge Paços /

As piores previsons cumprírom-se, e o Concelho da Corunha decidiu-se à apropriaçom do CS A Insumisa, rematando assim com um espaço social autogerido que dava acolhida a múltiplas iniciativas associativas e solidárias. O despexo aconteceu nesta manhá, e foi dirigido pola polícia municipal.

O Concelho corunhês, em maos de Marea Atlántica, dera como prazo esta quarta para se consumar o despexo ; a responsável directa da medida, a concelheira de segurança cidadá Rocio Fraga, manifestou que, ao nom topar-se gente no interior, « tratou-se dum despexo voluntário ».

Apesar da tentativa de lavagem de cara do Concelho, oferecendo um espaço municipal ao colectivo, a lógica institucional ficou ao descoberto: O CS A Insumisa criticou que a Marea Atlántica pretendesse desnaturalizar umha luita, apropriando-se dela e situando-a baixo tutela do poder, e combinou a denúncia na rua com a batalha jurídica. De facto, o próprio CS apresentou alegaçons à proposta de despexo ; o concelho desouviu-na « por nom conter argumentos jurídicos ».

Alcalde em silêncio.

Por enquanto nom se conhecem declaraçons do alcalde da cidade Xulio Ferreiro, que possivelmente tentará violentar a linguagem ao máximo para encaixar a medida repressiva na proposta « de esquerdas » da Marea Atlántica.

No entanto, o advogado do Centro Social, Antonio Vázquez, apontou que o despexo poderia ser irregular por incumprir os prazos, e que poderíamos estar ante um delito de prevaricaçom da administraçom municipal.

Mobilizaçom.

A denúncia está a espalhar-se nas redes sociais com o hashtag #Desaloxo ilegal. As solidárias chamam a concentrar-se nas portas do centro, nestes momentos tomado pola polícia municipal.

Trata-se do segundo despexo no prazo dum ano, pois justo há doze meses era despexado em Compostela o CS Escárnio e Maldizer.