Por Antia Seoane /
Briga, organizaçom juvenil da esquerda independentista, acaba de denunciar que um militante da sua organizaçom foi acossado por parte de membros da policia espanhola.
Segundo informa a organizaçom independentista na sua página web, “durante a noite da quinta-feira 3 de maio, um militante da organizaçom e membro da Mesa Nacional e do Secretariado Político, era abordado quando voltava à sua casa por dous agentes de polícia à paisana”.
Os agentes identificarom e registrarom tanto o militante independentista como a pessoa que o acompanhava naquele momento. Além disto, também subtraiam ilegalmente e contra a sua vontade material formativo e pessoal que o militante levava consigo. Ao dia seguinte, umha patrulha uniformada apresentava-se na vivenda do moço na sua procura, mas ao nom encontrar-se presente, os agentes da polícia retirarom-se.
A vigilância da dissidência política
Segundo manifestou o militante independentista, durante a sua identificaçom, os agentes interessarom-se especialmente pola sua militância política. Este caso de acosso, sem chegar a produzir-se explicitamente nenhum intento de infiltraçom, lembra os numerosos casos que nos últimos anos saírom à luz de intentos de infiltraçom policial no independentismo galego por parte das Forças de Segurança do Estado (FSE).
Apesar de nom tratar-se o independentismo galego dum movimento de massas, que conta com recursos limitados, os serviços de inteligência do Estado considera-o umha ameaça em potencia. Mostra disto som os abundantes intentos de infiltraçom que, beirando a sua própria legalidade, as FSE tenhem feito ao movimento independentista galego. Trata-se de umha prática que tem funçons diversas: a procura de informaçom, a qual é prioritária para os vigilantes, mas também se pretende sementar umha insegurança que mine as energias das militantes. Deste jeito, o papel das forças repressivas é a de realizar um trabalho de controlo, intimidaçom e de recaudaçom de informaçom.
Formaçom da militância
Já em 2013 a Asemblea da Mocidade Independentista publicava o livro A mocidade nom se vende. Relatos de intentos de infiltraçom policial no independentismo. Nesta publicaçom a organizaçom juvenil mostrava as estratégias de guerra suja do estado contra os movimentos políticos além de recolher até seis relatos de militantes que sofreram tentativas de aproximaçom por parte de corpos repressivos com ofertas para se converterem em informadores ao serviço deles.
Aproveitamos também este feito recente para recomendar o manual de segurança para ativistas que o Organismo Popular Anti-repressivo Ceivar disponibiliza no seu portal. Trata-se de um resumo de condutas que há que respeitar para continuar mantendo a privacidade nas nossas atividades políticas fazendo ênfase nos mecanismos de controlo do Estado e nas atuaçons que as ativistas devem ter ante umha detençom, além de indicar os direitos que temos reconhecidos e algumhas recomendaçons básicas. Pode-se descarregar nesta ligaçom.