Por Ana Macinheira /
Brais Borrajo, exsecretário geral da organizaçom juvenil Xeira, foi acusado a finais do mês passado de presuntamente ter agredido a várias companheiras de militância. A acusaçom fazia-a umha moça em Twitter, com o hashtag #cuentalo, com o qual miles de mulheres partilhárom nas redes sociais os seus testemunhos sobre as diferentes agressons machistas que sofreram.
A moça denunciava que tivera que deixar a organizaçom a raíz destes feitos, e que nom era a única mulher que presuntamente abandonara a militância por “motivos semelhantes”, aliás de assinalar que a Organizaçom juvenil ocultou estas presuntas agressons e pedindo às moças que o manterem-no em segredo.
Organizaçons pronunciam-se
A organizaçom juvenil Xeira tirava no día de ontem um breve comunicado em facebook “ante a mediatizaçom das acusaçons lançadas nesta última semana por redes sociais contra un militante da nosa organizaçom” para explicar a continuaçom que “nunca se pom em questom a acusaçom e que a prioridade é que a mulher decida continuar coa sua atividade militante, respeitando as suas demandas e nom fazendo nada em contra do seu parecer”, para rematar dizendo que “condenamos a instrumentalizaçom política que deste caso se fijo por parte de certos sectores com intereses alheios à causa feminista”.
Também Espiral-MRG se pronunciou no dia de ontem “diante da polémica aparecida na semana passada nas redes sociais referida a um membro da nossa organizaçom” e segue “no momento no que tivemos conhecimento da acusaçom ativamos todos os mecanismos organizativos dos que disponhemos para a resoluçom deste tipo de conflitos” para engadir a continuaçom “o companheiro acusado apartou-se de todas as súas responsabilidades e vinculaçom orgánica com Espiral-MRG”, para rematar dizendo que “como organizaçom feminista e para poder proceder no futuro con mais agilidade e mais garantias, abriremos os debates que sexam necessarios, tendendo a mao aos espaços que queiram fazê-lo com nós”.
Por seu turno, Anova, organizaçom na que milita a pessoa acusada, anunciou aos meios de comunicaçom a abertura dumha comissom de investigaçom sobre o caso. O partido afirmou também que o próprio encausado se deu de baixa da militáncia e de todos os seus cargos.
Plataforma Feminista Galega chama a “fazer abalar impunidade nos espaços de luita”
No passado três de maio a Plataforma Feminista Galega publicava um comunicado no que expunha que “é o momento de nom adiar a eliminaçom da violência machista dentro dos espaços de luita que dim querer reverter todo. Porque estamos a luitar por construir o novo, e se no momento da verdade nom deixamos cair as velhas práticas que tem realmente de novo?” e engadem que “aguardamos fazer abalar a impunidade patriarcal dentro dos espaços de luita (…) aguardamos que se inicie um debate aberto e sincero nas organizaçons da esquerda com o objectivo de adoptar novas ferramentas e estratégias que tiverem como objectivo fazer que estas sejam realmente espaços libres de violência machista”.