Por Antia Seoane /

Durante o ano 2017 a Galiza registou um dos maiores índices de agitaçom laboral do Estado e com um notável incremento a respeito do ano anterior. Segundo os dados publicados polo Ministério de Emprego e Segurança Social, em 2017 houve um total de 159.500 jornadas laborais perdidas devido a conflitos laborais. Este dado situa ao nosso País como o segundo do Estado espanhol, apenas por detrás de Catalunha, onde houve duas greves gerais (o 3 de Outubro e o 8 de Novembro) vinculadas ao processo político que está a viver e que provocou que se perdessem mais de dous milhons e médio de jornadas laborais.

Estes dados, situam a Galiza por acima de comunidades autónomas com umhas massas laborais mui superiores à galega, como podem ser Madrid, Andaluzia ou o País Valenciano e também por acima de outras naçons que tradicionalmente registram dados mui elevados como é o caso de Euskal Herria.

Os conflitos

Numerosos conflitos laborais, muitos deles alongados no tempo durante muitas semanas, som os causantes destas cifras tam elevadas, as quais triplicam as cifras registadas em anos prévios. Pode-se mencionar como exemplo o caso dos protestos do sector do metal da província de A Corunha, a greve das trabalhadoras e trabalhadores portuários, a greve no sector do transporte por estrada (condutores de autocarro) ou os protestos das trabalhadoras de Bershka na província de Ponte Vedra contra o império de Amancio Ortega. Cabe aguardar que os dados do presente ano também seram elevados, devido a outros tantos conflitos que seguem ativos a dia de hoje, como o que ainda se mantem no sector da Justiça ou o que mantenhem as trabalhadoras de Leche Celta.

O mito

Todos estes dados desmentem o mito de que Galiza é umha naçom onde vive um povo submisso e que nom protesta. Mito tam arraigado que chegou mesmo a calhar nas cabeças de muitos e muitas militantes nacionalistas. Lembre-se a famosa frase de Castelao “O galego nom protesta, emigra”.

Além das cifras publicadas agora polo Ministério, existem numerosas mostras que desmentem este tópico de sermos um povo manso. Neste mesmo portal publicamos nos últimos meses vários exemplos disto. Por exemplo, o texto de Ignacio Ramonet onde relata como o povo galego foi um dos povos que com mais determinaçom luitou contra o exército francês a princípios do século XIX. O capitám francês Nicolas Marcel, escrevia o seguinte sobre a insurreiçom galega: “Quando chegamos ante a vila, já nom pudemos duvidar da insurreiçom geral deste país; todos os habitantes, armados com fusis, gadanhas e fouces aguardavam-nos”. Outro exemplo é o texto publicado em La Correspondencia Militar de Madrid em 1902 onde mandos da Guarda Civil se queijam das numerosas agressons que sofrem o seus membros na Galiza.

Este som apenas três exemplos, mas a nossa história mostra umha e outra vez sucessos que desmentem este mito.