Por elterritorio del lince (traduçom do galizalivre) /
Mais um dia de acçom-reacçom-acçom. Os USA imponhem arancéis à China ; a China resposta imponhendo arancéis aos USA. Os USA ameaçam mais umha vez com imporem arancéis à China…a China resposta com advertências.
Os USA (e o mundo occidental que lidera) aproxima-se ao abismo de forma acelerada. Continua aferrado à ideia colonial, já velha, de o mundo estar desenhado à sua imagem e semelhança, e aos seus interesses, e isso já nom é mais assim. Estamos numha guerra aberta na que os mortos chegarám a todo o mundo, mas a uns mais do que a outros. A desesperada tentativa dos USA de evitar o seu debalar hegemónico vai varrer, em primeiro lugar, a agonizante Europa, e logo à América Latina. Trump vai utilizar o Cúmio das Américas -outro ente esmorecente- para arremeter contra a China, sem nenhuma dúvida.
Trump apregoou recentemente ele estar pronto para estudar a imposiçom de novos arancéis à China por valor de 100000 milhons, resposta à resposta chinesa ; os chineses respostam que muito tino, que podem devaluar a sua moeda e acelerar a conversom do yuan em moeda mundial. Isto é, que se se tinham dado um prazo até o verao para consolidarem o petroyuan, agora será imediato, para eleges exigirem o uso do yuan a quem quigerem fazer negócios -forem petroleiros ou nom- com a China.
Os USA estám afeitos à vassalagem incondicional, e como bom arruaceiro, apenas se atreve com os fracos. Com a China está a bater em ferro frio (como antes com a Rússia), e a imposiçom dos arancéis chineses aos principais produtos de exportaçom estadounidense, caso dos agrícolas ou dos automóveis, pom de destaque que deu no cerne dos USA (e na base social de Trump). Som os alicerces das exportaçons dos USA (junto a tecnologia), e criam um ponto fraco evidente para a sua economia; a sua política está claramente em risco.
Fica claro que a China vai sofrer também perdas -como acontece em todas as guerras-, mas vam ser bem menores que as dos USA. É umha guerra na que cumpre apoiar a China, desde que vai servir de referente para todos os países sobre como defrontar as tácticas intimidatórias e canalhas dos USA ; bem é certo que nom todo o mundo tem o poder da China. Mas para isso estám os aliados. E a Rússia é um deles no caso da China. O resto de países deverám reavaliar a sua política de alianças ou, quanto menos, diversificá-la, se nom querem ser deitados também à lixeira.
Até agora, os USA gorentavam a esmagar e a ameaçar os países com sançons, arancéis, ou o que quigerem. Isso passou à história, embora podem seguir mancando, como fai umha besa ferida quando venta a morte. Agora som os USA quem começam a sofrer e a receberem a sua própria medicina. A China vai pôr em andamento umha « guerra épica » com a que tentar levar um algo de sentidinho a um país de tolos, literalmente. Do contrário, é o planeta inteiro o que caminha direitinho para o desastre.
Por quê ? Pois porque a China já ameaçou com devaluar a sua moeda, com o que vai concorrer em óptimas condiçons com o dólar, e nom só : já o fixeram em agosto de 2015, como eles mesmo recordam, e provocou o caos em todo Occidente, fazendo perigar a famosa « recuperaçom » da crise. Nos USA foi mais salientável esse caos, porque durante semanas a fio as bolsas estivérom em negativo e demorárom em se recuperar. Aliás, ameaçou com acelerar consolidaçom do petroyuan (exigindo os países produtores de petróleo o comércio exclusivo da sua moeda) e com a venda massiva dos milhons de bonos do Tesouro dos USA que tem armazenados, e dos que se foi desfazendo devagar, sempre que decorreu algumha conjuntura como a do presente. Mas a diferença é que se até agora o fixera de maneira calma e a um nível muito pequeno, agora fará-o ao grande e em grandes cantidades. De novo a ameaça a pairar sobre o dólar, que é o golpe mais duro para os USA.
A China tem 1,17 bilhons de dólares em bonos do Tesouro dos USA. Qualquer movimento que fixer com eles irá ser o equivalente a um terremoto. Se vai ser muito ou pouco intenso, isso depende do que se desfixer nesse intre, mas sempre que o levar a cabo isso causa um dano sério às finanças estadounidenses, aos investidores de todo o mundo ; e fai mais gravosa a venda de bonos estadounidenses, com o que vira muito custoso o financiamento dos USA.
Neste domingo a China pom em andamento o seu próprio Foro de Davos, para entendermo-nos. Chama-se Foro Boao e decorrerá em Hainán. Nom é novo, esta vai ser a sua 17 juntança, e foca-se na Ásia. Vai-no inaugurar Xi Jinping e vai anunciar medidas claras de resposta aos USA , certificando que a China nom depende dos USA para o seu comércio. E de feito, o comércio entre ambos os dous nom chega ao 15 % do total chinês, polo que a influência ianque é menor do que se pensa. Isso supom, entre outras cousas, que as empresas estadounidenses nom vam ser tam bem vidas na China como até agora, e ao fazê-lo nesse foro, na realidade, o que está a fazer é ajudar às empresas dos países asiáticos substituirem às dos USA.
Se se levam em conta os recentes acordos com a Rússia, sem irmos mais longe, imos ver umha aceleraçom da relaçom bilateral entre ambos os dous, quer militar, quer económica.
Um dado final : o Banco Central Europeu já está a sentir o bafo na caluga polo que está a acontecer, e dixo que « as repressálias alfandegárias som significativamente negativas para a economia mundial ».
E mais um : os USA impugérom de novo sançons contra a Rússia. A justificaçom (?) nom tem perda. « o governo russo envolve-se numha série de actividades malignas em todo o mundo, incluindo a ocupaçom de Crimeia, o aguilhoar da violência no leste da Ucraína, o fornecimento de material e armamento ao regime de Assad, enquanto bombardea os seus próprios civis, tencionando subverter as democracias ocidentais enquanto realiza maliciosas actividades cibernéticas »
O dito : os USA nom som umha outra cousa do que um feixe de tolos. Muito, muito perigosos, e mais agora, ao alviscarem a sua decadência.
*Publicado originariamente com o título « Guerra épica para el sentido común…o el desastre »