Por Stephen Lendman (traduçom do galizalivre) /
A sua introduçom supom o primeiro desafio para o domínio do petro-dólar.
A China é o maior país importador/consumidor de petróleo do mundo. O comércio de futuros em petro-yuans baseados no ouro começou na segunda-feira na Bolsa Internacional de Energia de Xangai, parte da Bolsa de Futuros de Xangai – permitindo que investidoras chinesas e estrangeiras comprem petróleo em yuans em vez de dólares.
Pola primeira vez, o negócio em petro-yuans desafia o mercado de futuros a longo prazo em petro-dólares dominado por Wall Street/Londres.
Segundo a OilPrice.com, o comércio da segunda-feira em Xangai começou “com um estrondo”, com umha demanda em alça “com 15,4 milhons de barris de petróleo bruto para entregar em setembro”, negociada em duas horas e meia, a duraçom do primeiro dia de mercado.
As naçons sancionadas polos EUA, Rússia, Irám e Venezuela, podem-se beneficiar evitando o comércio de petróleo em dólares.
A Rússia e a China já realizam o comércio bilateral nas suas moedas nacionais. Em setembro passado, a Venezuela começou a vender contratos de petróleo em euros. Agora também pode negociar em yuans.
Com o tempo, as sançons dos EUA, na sua tentativa de dominar outras naçons economica e financeiramente enfraquecidas, poderiam ser neutralizadas talvez evitando-as através de países seleccionados, evitando totalmente o comércio do dólar.
Li Li, experto analista em petróleo, dixo que os contratos de futuros em petro-yuans introduzidos pola China “é umha forma inovadora de preencher o vazio dumha voz que represente os compradores na Ásia. Com este lançamento, o mercado prestará mais atençom à história de demanda da China”.
Está abalando o mercado de futuros de petróleo. De acordo com o analista financeiro Hayden Briscoe, “esta é a maior mudança no mercado de capitais, talvez de todos os tempos” – aumentando o comércio de petróleo em yuan à custa do dólar.
O economista Carl Weinberg acredita que Pequim provavelmente “obrigará” a Arábia Saudita a abandonar o petrodólar polo yuan nas suas vendas de petróleo para a China – umha medida que, segundo el, provavelmente impulsionará o mercado de petróleo na mesma direcçom, um grande acontecimento se el estiver certo.
Em 2016, a bolsa de valores da Rússia em Sam Petersburgo começou a negociaçom de futuros de petróleo dos Urais em rublos. Moscovo e Pequim promovem o comércio bilateral nas suas moedas nacionais.
A Rússia é o maior fornecedor de petróleo bruto da China, facilitado por dous oleodutos sino-russos. O segundo começou a operar em Janeiro.
Polo menos 19 brokers estrangeiros registrárom-se para negociar contratos de petróleo na bolsa de Xangai, mais irám a seguir, aumentando o volume – em detrimento do dominante comércio de petróleo em dólares.
O gestor de fundos de cobertura Adam Levinson chamou o petro-yuan umha “grande história”, aumentando a importância da moeda chinesa no comércio de mercadorias.
Após a Segunda Guerra Mundial, as transacçons em dólares dominárom o comércio internacional porque era umha moeda líquida livremente conversível.
O facto de as naçons negociarem mais nas suas moedas nacionais, juntamente com a introduçom do petro-yuan, poderiam ser um factor de mudança no longo prazo.
Por enquanto, o dólar continua dominando como a moeda de reserva a nível mundial.
A concorrência do yuan e outras moedas poderia enfraquecer consideravelmente o seu domínio nos próximos anos.
*Publicado em Global Research.