Na Galiza existe umha gram quantidade de jogos tradicionais próprios, muitos deles bem conhecidos na maior parte do território galego, como pode ser a bilharda, ou estornela, os bolos celtas ou a chave, por pôr como exemplo três dos jogos mais populares, mas outros nom correrom a mesma sorte e estám em perigo de desaparecer por causa do abandono do rural, da falta de interaçom intergeracional e pola desapariçom dos lugares comuns onde se jogava. Outros jogos tenhem incluso mais perigo de desaparecer por jogarem-se em umha zona muito concreta da geografia galega.

Se meses atrás falava-mos da Bugalhinha, um jogo tradicional que é jogado apenas por mulheres em Carvalhedo de Ávia, agora toca falar da Marqueta, um jogo popular de Maçaricos.

Através do diário digital Que passa na costa soubemos que um técnico municipal de Maçaricos está a recuperar um jogo quase desaparecido e que apenas de jogava nesta vila da Costa da Morte.

A marqueta é um dos jogos tradicionais mais característicos de Mazaricos, mas que hoje é desconhecido para a maioria das crianças. Nom se conta com documentaçom  sobre o início e evoluçom da marqueta, mas segundo conta o o próprio técnico de cultura, Suso Jurjo, a sua origem pode estar nos marcos que servem para delimitar os prédios. Durante a infância e a juventude eram possíveis espaços de liberdade e permissividade, onde os jogos e falcatruadas das crianças podia chegar a transgredir ou ridicularizar um dos valores mais protegidos polo sistema, a propriedade. Guindar os marcos a pedradas pudera ser a origem da marqueta.

Em agosto de 1997 a Associaçom de Vizinhos do Monte da Picota organizou um campeonato que teve uma participaçom generosa e desenvolveu-se no Campo da Feira da vila. Apesar da boa acolhida da prova nom teve continuidade, e vinte anos depois encontramos várias geraçons de crianças e jovens que, com certeza, nunca ouviram falar da marqueta nem sabem como jogar a ela.

Para tratar de recuperar este entretenimento tradicional, o técnico de cultura realizou um breve manual de instruçons:

Elementos do jogo
Marqueta: Pedra plana de forma retangular tipo “tellota”, sobre a que se aponta.
Rebolo: Pedra pequena e arredondada, tipo “seijo”, com a qual os jogadores tentam guindar a marqueta.

Campo de jogo. Pode-se jogar em qualquer lugar minimamente espalhado: um prado, um caminho, umha eira… Em um dos extremos do terreno coloca-se a marqueta em posiçom vertical, normalmente apoiada em umha pedra menor que ajuda a suste-la. Desde a marqueta contam-se sete passos e traça-se umha raia que será a distância mínima para apontar à marqueta.

Número de jogadoras. A marqueta é um jogo individual, onde som necessárias polo menos duas participantes, e embora nom tenha um máximo rigoroso, por critérios de clareza, nom devem exceder as 10 jogadoras

Sistema de puntuaçom. Em cada jogo apenas pode anotar um participante. O primeiro em conseguir guindar a marqueta somará 10 pontos, e o primeiro em chegar a 100 pontos ganhará o jogo.

Desenvolvimento do jogo. As jogadoras situam-se ao pé da marqueta e desde esse lugar fazem o primeiro lançamento do rebolo à linha marcada anteriormente, com esta operaçom será estabelecido a ordem de participaçom tomando como referência a distância entre o rebolo e a linha. Começará primeiro o que está mais longe da raia e assim sucessivamente. Depois de estar estabelecida a ordem, e outra vez desde a marqueta, realiza-se um segundo lançamento ao lugar a partir do qual deseja fazer pontaria sobre a marqueta, ficando desqualificados do jogo os participantes que nom ultrapassem a linha. Cada jogador tentará guindar a marqueta desde o ponto onde caiu o seu rebolo, lançando primeiro quem esteja mais longe e assim sucessivamente. Anotará 10 pontos a primeira em guindar a marqueta. Para os seguintes jogos, será seguido o mesmo processo.

Eliminatórias. As vencedoras de cada jogo serám agrupados em novas equipas até que apenas fique umha equipa de onde sairá a campeã.