Por Ana Macinheira /
Com umha mensagem breve, a associaçom de familiares e amigos dos presos e presas políticas bascas Etxerat, confirmava ontem à tardinha o falecimento do preso Xabier Rey “Antxo”, na cadeia de Puerto III (Cádiz a 1050 km de Euskal Herria). Ainda que num primeiro momento nom se apontava a causa da morte, algúns meios publicavam horas depois que fora um suicídio.
10 anos dispersado e isolado
Dende que fora detido em 2008, num operativo da Polícia espanhola no que caeram outras três pessoas mais, das quais duas ficaram absoltas, Xabier passou por 6 cadeias diferentes, todas elas a mais de 600 km da su aterra, e a maior parte do tempo em régime de isolamento. “No dia topamo-nos com umha moreia de obstáculos: a imposiçom de têr que estar 20 horas diárias numha cela de 20 metros quadrados, com muito pouco tempo de pátio, com espaços ínfimos para praticas desporto e em ocasions cheios de gente, com dificuldades para estudar, alimentaçom má e desequilibrada, com problemas terríveis para realizar trabalhos manuais e para desfrutar do tempo de lazer”, assim descrevía el mesmo como era o isolamento, num artigo de apresentaçom de Herrira en Donibane, no ano 2012.
Um berro: “queremo-las vivas e na casa!”
Nos últimos anos som muitas e muitos os presos políticos que finárom em prisom. Precisamente, também em Puerto de Santa María, perdía a vida Arkaitz Bellon, que falecía há quatro anos debido a um edema pulmonar; em julho deste ano passado era Kepa del Hoyo o que falecía, também a centos de kilómetros de Euskal Herria, na prisom de Badajoz, de um infarto fulminante; em abril de 2014 falecía na cadeia de Zuera, a presa política do Grapo Isabel Aparicio, que estava gravemente doente. Som só algúns exemplos, mas a listagem continua e pom de manifesto as duríssimas condiçons de vida que tenhem que enfrontar as presas e presos políticos.
Rolda de imprensa de Etxerat
Na manhá de hoje a Associaçom de familiares dos presos e presas políticas bascas davam umha rolda de imprensa onde lêrom um comunicado no que responsabilizam à política penitenciária “aniquiladora e de excepçom” do falecimento de Xabier Rey. “ Nom é cruel até o extremo manter a quase a totalidade de presos e presas políticas bascas em primeiro grao, em régime fechado, de maneira coletiva e tempo indefinido? (…) Nom é cruel até o extremo que os familiares e achegados de Xabier tenham que acudir a recolher e repatriar o seu corpo a Puerto de Santa Maria, a 1050 km de distancia, tras 10 anos de viagens intermináveis para poder visita-lo mentras viveu”, perguntam-se.
Sare e Bagoaz
A Plataforma Cidadá Sare assinala num comunicado que “o isolamento só se pode entender dende ódio e a vingança” e amossa a sua solidariedade com a família e pessoas achegadas de Xabier.
No passado mês de Janeiro miles de pessoas colapsabam o centro de Bilbo protestando contra a política de dispersom penitenciária, que mantem a 290 cidadáns vascos a centos de kilómetros de Euskal Herria,e polo respeito dos seus direitos fundamentais.
Pola sua banda Bagoaz fai um chamamento a concentrar-se esta sexta-feira frente o consulado espanhol de Baiona para exigir ao Estado espanhol e francês o fim das medidas excepcionais que se lhe aplicam as presas e presos políticos bascos.
Idêntica política de dispersom, abuso de primeiros graus e violaçom de intimidade (com distintas intensidades e combinaçons) aplica-se às e aos presos independentistas galegas e cataláns, assim como a anarquistas, comunistas e anti-fascistas.