Por Jorge Paços /
As teses que apontam umha afortalamento do fascismo no próprio cerne do Estado espanhol ganham credibilidade cada dia. Embora algum pensasse em condenas anedóticas, derivadas da exaltaçom dum juiz determinado, a perseguiçom sistemática de rapeiros e tuiteiras aponta muito além. Os neofranquistas empoleirados na audiência nacional nom permitem a livre opiniom revolucionária.
O rapeiro e militante comunista Pablo Hásel vem de fazer pública, com a cabeça alta, a sua condena de cinco anos de prisom : ‘endejamais hei claudicar, fascistas de merda’, declarou ; soma duas condenas de dous e três anos por letras que homenageam guerrilheiros do GRAPO e assinalam sem doblezes a descomposiçom moral e política do Reino de Espanha.
Quem som os juízes que o condenam? Na Secçom Primeira da Audiência Nacional há dous nomes conhecidos mesmo para o grande público. Um deles é Concepción Espejel, aterrada na audiência nacional em 2014, e arredada do caso Gürtel polos seus vencelhos evidentes com o Partido Popular, depois dum escándalo mediático. Antes do seu despraçamento, presidia a sala que investigava os grandes casos de corrupçom da extrema direita espanhola.
Graças ao papel contra-informativo das redes sociais, também começa a sonar o nome de Nicolás Póveda, o segundo dos três juízes que condena Hásel (a terceira, Manuela Fernández de Prado, emitiu um voto particular absolutório). Póveda, procedente da audiência provincial de Almeria, foi militante falangista de novo, e contribuiu para espalhar as ideias fascistas em ambientes estudantis e sindicais.
Enrique López, pola ilegalizaçom do arredismo.
Por trás da condena do rapeiro Valtonyc a três anos e médio de cadeia há também um significado representante do neofranquismo. Enrique López significara-se por discrepar com a Lei de Memória Histórica, tem-se pronunciado contra a homossexualidade, e apontou a pertinência de as organizaçons arredistas ser ilegalizadas. Fijo-o recentemente num artigo assinado em La Razón.
López foi um assíduo de actividades da FAES quando esta era dirigida por Aznar ; homem de máxima confiança do estado maior da extrema direita, foi proposto polo PP para ser vogal do Conselho Geral do Poder Judicial.