Por Fuco Bandua /
Decorreu na manhá do passado Sábado, 3 de Março, na cidade de Compostela a presentaçom pública da plataforma Via Galega conformada por meio cento de entidades. O 162 aniversario do Banquete de Conjo foi a conjuntura escolhida polo seu acumulado histórico para o campo do soberanismo galego.
Baixo as palavras de ordem “Galiza vive umha situaçom de emergência nacional” escritas na voadeira repartida entre as 200 assistentes ao acto na defesa dos direitos nacionais iniciou-se a première pública. Remarcou-se ao longo da estreia o objetivo central do espaço que é defesa do caráter nacional da Galiza e o direito de autodeterminaçom do povo galego, e a intençom de aglutinar qualquer entidade, colectivo e individualidade que comparta a necessidade de dotar ao povo galego de um instrumento para transversalizar e dar amplitude as reivindicaçons nacionais galegas.
“Somos umha naçom. Temos direitos. Fagamos ouvir a nossa voz” é o titulo do manifesto de Via Galega que destaca a incapacidade das galegas e galegos de decidir sobre sectores chave da nossa economia, sobre o aproveitamento dos nossos recursos estratégicos, a nossa estrutura territorial ou na gestióm das infraestruturas básicas para a vertebraçom de Galiza coma país.
Maria Xosé Bravo leu o manifesto que fai leitura dos 35 anos de autonomia que conduz para a configuraçom de Galiza coma “um país mais subordinado e dependente” e indica que nestes “tempos cruciais” temos “como povo fazer ouvir a nossa voz para evitar umha posiçom subalterna” o manifesto assevera o caráter de Galiza como naçom e o povo galego como “sujeito político diferenciado titular dos direitos coletivos” assinado em novembro do 2017 por sete entidades promotoras este manifesto conclue em referencia ao direito de autodeterminaçom do povo galego.
O acto foi conduzido polo artista galego Xurxo Souto, contou com a atuaçom musical de Caxade e as intervençons de Suso Seixo, María Xosé Bravo, Antón Laxe, Susana Méndez, Bruno Lopes e María Bara.
Seixo, durante a sua intervençom, salientou as ideias chave que motivárom a creaçom da Plataforma: “trabalhar para criar consciência nacional, socialmente maioritária, a partir de reclamarmos o direito a exercer livremente a nossa autodeterminaçom”.
Destacou que as políticas promovidas nos últimos anos desde diversas instancias tanto de âmbito estatal como desde a Unióm Europeia estam a acentuar a dependência e o caráter periférico de Galiza “cumha perda importante de peso a nível político, económico e mesmo demográfico”.
Fixo alussom também ao recorte de direitos e liberdades que se estam a produzir no Estado espanhol, que tem o seu máximo exponente no assédio sobre o povo catalám e as suas instituçons democráticas.
Suso Seixo concluiu ponhendo o acento em que Via Galega nom tem como finalidade de disputar o espaço eleitoral, ou ocupar o oco de ninguém se nom que nasce “com o firme propósito de cobrir um espaço que é precisso articular no nosso país, polo bem dos interesses do nosso povo”.
Bruno Lopes, na sua intervençom, em nome dos centros sociais aderidos a Plataforma saudou o nascimento positivamente e aproveitou para “reivindicar o papel dos centros sociais na articulaçom de bases sociais de resistência” e pôr em valor “os espaços libertados onde debater, difundir e criar ideias, discursos e mensagens que estam fora do culturalismo oficial e sistémico”.
Lopes salientou o caráter de colaboraçom e diálogo que se dá entre as diferentes correntes do independentismo e nacionalismo no espaço que conformam os centros sociais onde sempre “fomos receptivas a qualquer organizaçom política, sindical, ambientalista, feminista, de defesa da língua ou de qualquer outra índole que se mova no campo do soberanismo”.
Assim mesmo o seu discurso transmitiu “que a acumulaçom de forças para a causa soberanista chegará da disputa dos espaços comuns e públicos já existentes” e “da construçom e alargamento dos espaços coma as escolas Semente, os Centros Sociais ou os meios de comunicaçom galegos que só dependem do nosso esforço e cujo desenvolvimento deve servir para a transformaçom social”.
Bruno Lopes concluiu ponhendo ênfase na responsabilidade coletiva que temos como galegas e galegos e fazendo finca-pé em que a nova ferramenta de confluência se converta num referente social, que nom transmita “debilidade nem sectarismo” e sim “fortaleza e consenso em torno as reivindicaçons mais vitais”.
Tomariam também a palavra o resto das representantes, que desde os seus respetivos espaços, mundo da cultura, sindicalismo obreiro e agrário ou o movimento estudantil figérom referência a necessidade de dotar a Galiza dum espaço que articule a defesa dos interesses nacionais do nosso País. A atuaçom do gaiteiro Xosé Manuel Sánchez e o canto do hino galego poria o broche a presentaçom da Plataforma Via Galega.
Diversos meios estatais derom eco a este espaço, tentado vencelhar a Via Galega a processos similares em Catalunha, etiquetando a ferramenta e vertendo informaçons tóxicas para a sua imagem, estas críticas e manipulaçons indicam-nos a sua potencialidade e o necessário da extensom da mesma e assim como a sua visível utilidade.