Por José Manuel Lopes Gomes /
Ainda que a internet possibilitou como nunca antes a entrada de novas adiçons nas nossas vidas, também rachou, com consequências ainda desconhecidas, o monopólio informativo dos grandes gigantes empresariais. Nom se pode entender a crise de legitimidade dos últimos tempos sem levar em conta o papel das redes sociais e dos webs de informaçom alternativa. O encontro convocado em Madrid polo Ministério de Energia, Turismo e Agenda Digital propom-se, baixo a coartada da luita contra as ‘fake news’, estreitar o controlo sobre a comunicaçom popular.
‘O fenómeno da desinformaçom na era digital’ foi a legenda escolhida para reunir em Madrid alguns representantes do poder político, militar e mediático, inquietos pola circulaçom incontrolada de notícias que desafiam o Estado. O encontro é a outra cara da moeda da perseguiçom judicial de tuiteiros, jornalistas e músicos combativos, que em alguns casos desmontam peça por peça os discursos da propaganda.
Soraya Sáenz de Santamaría pediu os meios obediência ; nas suas palavras literais, ‘responsabilidade para peneirar, contrastar e verificar a informaçom’. Confessou a tomada de decisom da oligarquia se está a ver comprometida por vezes por fontes de dados diferentes às que manexa a imprensa servil.
Na mesma linha se pronunciou o director de « El Confidencial » (jornal ultra-liberal destinado a directivos e quadros médios da banca), que também reconheceu a dificuldade de gerir um fenómeno novo e incontrolável.
Nom faltou ao encontro o representante de outro dos pilares do regime, o director adjunto de ‘El País’, David Alandete, que chamou o partido do orde a ‘readaptar o esquema mediático a uns tempos novos’. E demonstrando a plena fusom dos grandes cabeçalhos de propaganda com o núcleo opaco do Estado, ao encontro acodiu aliás o director da inteligência militar. Sanz Roldán, director do CNI, afirmou que a instituiçom trabalha de maneira particularizada no controlo de informaçom e no freio de fontes dissidentes. ‘Trabalhamos para fazer crer que algumha cousa é falsa’, concuiu o representante dos esgotos do Reino.
Questom nacional e informaçom.
Embora sem ser reconhecido abertamente na crónica mediática, sobre as palestras pairou o enorme volume de informaçom alternativa que, a olhos do mundo, amossou o neofranquismo hispano abordando violentamente a causa catalá. Nom escapa a ninguém que a gestom mediática da questom nacional é assunto prioritário, e daí a absoluta invisibilidade da acçom diária do independentismo galego em absolutamente todos os meios do poder. Umha censura de facto que a rede permite salvar desde inícios do presente século.