Por José Manuel Lopes Gomes /
Apesar das toneladas de sobre-informaçom deitadas sobre a luita independentista catalá, som muitas as incógnitas que ainda tem o público galego. Que alcanço tivo a proclamaçom da República ? Que grau de coesom tenhem todas as correntes do independentismo ? Até onde está disposto a chegar o povo organizado com a mobilizaçom de rua e a desobediência ?
Algumhas destas dúvidas poderám ser resoltas amanhá no CS O Pichel, em Compostela. As organizaçons Briga e Ceivar convocam umha palestra na que assistem como convidados representantes do municipalismo, a juventude e o movimento anti-repressivo catalám. Mireia Vehí (ex-deputada da CUP), Fernán Ocata (militante de Alerta Solidària) e umha representante das mocidades de Arran falarám a partir das 7 do serao sobre a fase que atravessa o processo de libertaçom nacional mais vivo, a dia de hoje, de todos os que se livram no Reino de Espanha. A jornada rematará às 9,30h com umha ceia de convívio.
Processo, repressom e desobediência.
A repressom está a ser um dos aspectos chamativos do processo catalám, e resulta familiar a um independentismo como o nosso, com presas e presos políticos nas últimas quatro décadas. Como é sabido, o Estado espanhol mantém na actualidade como reféns quatro prisioneiros cataláns, e chamou a declarar nesta semana à deputada da CUP Mireia Boya. Apesar de nom decidir-se a encarcerá-la guiando-se polos critérios políticos que sempre instrumentalizam a puniçom política, a repressom segue como constante. A militante catalá desmarcou-se na sua declaraçom da linha mais hesitante do independentismo e manifestou que a proclamaçom da República ‘nom tivera valor simbólico, senom real e efectivo’. A organizaçom política à que pertence, a CUP, tem-se mostrado como a mais firme valedora da estratégia desobediente.