Por José Manuel Lopes Gomes /

O mundo associativo nom está disposto a que os planos aniquiladores do poder espanhol se imponham sem mais no nosso rural. Umha das provas mais patentes desta resistência protagoniza-a a Comunidade de Conservaçom de Frojám, iniciativa auto-gerida para regenerar um monte e salvá-lo das gadoupas do produtivismo.

Pola primeira vez na Península Ibérica, o Programa das Naçons Unidas do Ambiente incluiu um monte de nosso no ‘registo de áreas conservadas por comunidades locais e povos indígenas’. A notícia transcendia no passado ano, quando a Comunidade ganhou nova sona com o projecto ‘amadrinha o bosque’. Um conjunto de colectivos ambientalistas, comuneiros e vicinais, agrupados na dita Comunidade no concelho de Lousame, decidiu-se a angariar fundos para a restauraçom do monte com espécies autóctones. 2018 e 2019 serám anos adicados a umha repovoaçom saudável e diversa por parte de pessoas voluntárias.

A Comunidade, que está perto de conseguir os 15000 euros precisos para o plano nesta sua primeira fase (a quinze dias de rematar o prazo de recadaçom), precisa de trabalhos de roça e mantimento durante toda a década vindoura, com o intuito de fazer de Frojám umha inviolável barreira natural contra o lume e a voracidade das pasteiras. Os e as organizadoras estimam que a soma total que precisam para manter o monte será de 50000 euros, para o que se abrirám novos prazos de contribuiçom popular.

Cada pessoa participante apadrinha umha árvore ou umha porçom de território -medido em ferrados. A medida que os trabalhos avançarem, poderá seguir a regeneraçom do terreno através dum mapa pendurado na rede. Frojám acolherá carvalhos, castinheiros, bidueiros, freijos ou faias. Pretende-se plantar um total de 13000 árvores.

Trabalhos recentes.

Na passada semana ganhavam eco as primeiras labouras do projecto, nas que se envolviam, além dos e das voluntárias, as entidades participantes da Comunidade : A Sociedade História e Cultural Coluna Sanfins de Lousame, Verdegaia, e a Comunidade Vizinhal em Mao Comum de Frojám.

Perto de cincuenta pessoas desafiavam a friagem do primeiro fim de semana de Fevereiro para encetarem o processo de substituiçom do eucalipto na segunda das hectares ‘amadrinhadas’. A zona reverdesce agora com mais 2000 árvores novas, que recuperam a zona que ardera no incêndio de 2016.

Nas áreas recuperadas, as pessoas que amadrinham podem chantar umha pedra com o seu nome ou com legendas variadas.

Quem desejar contribuir economicamente para a iniciativa, pode fazê-lo aqui.