Por Jorge Paços /
Que acontece quando umha parte da populaçom nom pode exercer os direitos que a lei supostamente lhe concede ? As cenas das aldragens anti-galegas sucedem-se decote e confirmam umha realidade colonial. As estórias de galegas e galegos vexados e desconsiderados por usar a língua própria nom som retalhos de láminas de Castelao nem fragmentos da vida quotidiana do franquismo. Conformam o panorama sociológico da nossa Terra em pleno século XXI, baixo um processo de desculturizaçom alimentado pola revoluçom tecnológica e apoiado por umha elite supremacista. Repassemos alguns capítulos e falemos das respostas que merecem.
Através da chamada « A linha do galego », A Mesa pola Normalizaçom permite às e os galegofalantes que sofreram qualquer discriminaçom dá-la a conhecer, iniciando-se assim um processo de denúncia da empresa galegófoba.
Além de mostra de desprezo polo próprio e de espezinhamento da dignidade da pessoa, os reiterados ataques ao idioma no ámbito empresarial constituem umha ilegalidade ; mas os atrancos de facto colocados ao uso dumha das línguas oficiais do Reino de Espanha nom acarrejam sançom nenhuma. Como se provou de maneira manifesta nos últimos tempos, a engrenagem judicial actuante neste território pune a oposiçom política real e permite a impunidade da oligarquia e o seu bloco social de apoio.
Galegofobia na administraçom.
É esta realidade que aqui apenas gizamos a que permite entender quem se acha à cabeça da vulneraçom dos nossos direitos linguísticos : a administraçom. Há apenas três dias que representantes da Mesa apresentavam do balanço anual da associaçom sobre a linha do galego : 56 % das queixas acumuladas procedem da administraçom pública e, por incrível que parece, a maioria delas produzírom-se na administraçom autonómica. Nom há melhor exemplo da vontade de fundo da casta galego-espanhola empoleirada em Sam Caetano, a definitiva expulsom da nossa língua dos poucos espaços que tem ganhado nos últimos corenta anos de luita.
Empresariado hostil.
No seu tradicional papel desgaleguizador, os grupos empresariais instalados na Galiza -grande parte deles foráneos- continuam a impedir um uso normal do idioma : seja pola deturpaçom da toponímia, pola negativa a atender em galego a clientela, ou pola proibiçom do uso normal do idioma entre as trabalhadoras, as entidades privadas alcançam posiçons de destaque no triste ranking feito público pola Mesa. Empresas como Ikea, Movistar, Banco Santander ou El Corte Inglés seguem a significar-se por virar as costas -e por vezes por agredir- a língua da Galiza.
Dada a continuidade destas atitudes, silenciadas sem excepçom pola imprensa do regime, a Mesa chama a utilizar a linha do galego quando a ocasiom o requerir, « rematando com a normalidade com a que se exerce a discriminaçom do idioma ».