Por Pere Martí (traduçom do galizalivre) /

A decissom do presidente do Parlamento da Catalunha, Roger Torrent, de adiar o debate de investidura de Carles Puigdemont fez estourar cruamente todas as contradições que coexistiram dentro do independentismo por meses, mas que até agora nom explicitaram Contradições que som resultado de duas estratégias que coexistiram com umha tensom somática que ultrapassa a luta pela hegemonia de independência entre JxCat e mais ERC.

A discrepância estratégica se concentra na conveniência ou nom de manterem a unilateralidade.

Carles Puigdemont e Junts per Catalunya som a favor de manter esta , porque consideram fechada qualquer possibilidade de negociaçom com o governo espanhol, pelo menos enquanto Mariano Rajoy dirige o executivo espanhol e defendem para restaurar o governo da Catalunha cancelado pelo ” Aplicaçom do artigo 155 para tornar efetiva a República.

Curiosamente, neste momento coincidem com a posiçom da CUP.

A esquerda, por outro lado, acredita que essa estratégia deve ser abandonada e que a atual prioridade exige a recuperaçom das instituições, elevar 155, designar um governo “efetivo” que permita ampliar a base do movimento soberano e nom forçar qualquer mais um ato de ruptura até que nom haja umha maioria maior que exceda em muito 50%.

Esquerra queria implementar esta estratégia após as eleições 21-D, quando anseiava conquistá-las confortavelmente com o Oriol Junqueras como presidente da Generalitat.

Mas o roteiro foi quebrado porque, negando todas as previsões dos inquéritos o vencedor foi Carles Puigdemont com umha força política recém-criada.

O resultado do 21-D aumentou a tensom porque o ERC sabe que a restituiçom do presidente Puigdemont nom permite evitar tais atos de ruptura.

Sua investidura é o mesmo, um ato de ruptura, porque o constitucional espanhol, de acordo com os interesses do governo Rajoy, decidiu proibi-lo, como Torrent reconheceu em seu discurso.

Apesar de reiterar que seu candidato continua sendo Puigdemont, a ERC acha que o custo de uma “investidura simbólica” pode ser umha penalidade muito alta se Puigdemont nom puder atuar como presidente com “normalidade”.

Em vez disso, Puigdemont propõe que um momento “excepcional” como aquele que vive o país, o governo pode ser politicamente dirigido de Bruxelas com um executivo de gestom liderado por um conselheiro presidencial com um perfil “técnico”.

E dê mais peso político aos órgãos recém-criados, como a Assembléia Constituinte.

Umha agenda concordante com as CUP e, teoricamente, também com a ERC que deve promover o processo constituinte.

Com o adiamento da investidura, Esquerra quer forçar Junts per Catalunya a propor um candidato alternativo, que nom arrisque a mesa ou os deputados do Parlamento, que de Junts per Catalunya se recusou a fazer até agora, porque é considerada umha “claudicaçom “.

Se nom há negociaçom que desentravar o bloqueio evidenciado hoje, a possibilidade de novas eleições tomará forma, embora no início ninguém as quere e, paradoxalmente, ninguém pode tornar chamá-las.

Ninguém além de Rajoy.

*Publicado em Vilaweb.