Por José Manuel Lopes Gomes /
O compromisso social continua a ser severamente punido na nossa Terra. Quatro activistas, vários deles militantes do independentismo, venhem de ser condenados em primeira instáncia ao pagamento de mais de 1000 euros pola sua participaçom na campanha de agitaçom a prol da greve geral de Setembro de 2010. Aliás, verám-se na obriga de aboarem mais de 2000 euros por supostas lesons a agentes policiais.
Poderia tratar-se dum relato humorístico sobre a desfachatez da justiça, e nom fosse porque representa o enéssimo caso de perseguiçom real da militáncia social e política. Em Setembro de 2010, a polícia espanhola aborda um grupo de activistas na cidade de Lugo, baixo a suspeita de estarem realizando pintadas em sucursais bancárias em apoio à greve geral contra os primeiros curtes do governo Zapatero. Segundo manifestárom no juízo várias das pessoas encausadas (das que só umha resultou absolvida), fôrom blocadas polos agentes, deitadas ao chao, espancadas e insultadas.
A vista oral.
O juízo decorreu em Lugo nos passados meses de Outubro e Novembro, seis anos depois dos feitos submetidos a consideraçom do tribunal. No exterior, um grupo de solidárias denunciou a repressom das reivindicaçons laborais e políticas, com apoio de centrais sindicais como a CIG e de colectivos anti-repressivos como Ceivar.
As testemunhas apresentadas pola defesa ratificárom esta tese, enquanto os polícias declarantes afirmárom que « se defendêrom do ataque de pessoas que reagírom com violência ante a petiçom de alto ».
O feito de a acusaçom da fiscalia sobre a realizaçom de pintadas ser débil confirma-se na absolviçom das pessoas encausadas neste ponto ; porém, e demonstrando que a palavra dum cidadao fica reduzida a fumo ante qualquer fantasia policial, o julgado do penal nº 2 de Lugo tira toda legitimidade às argumentaçons das acusadas e à sua defesa. Embora reconhece que nom existiu delito de « atentado » (como assegurava a procuradora), si o existiu de « resistência ». As lesons de duas das pessoas detidas seriam portanto consequência da sua « violência e hostilidade » ao serem reduzidas.
J.A.M.G., V.M.G.C., S.R.M. e A.S.P. deverám fazer frente a 600 euros de multa ; os três primeiros, aliás, a umha responsabilidade civil de 590 euros, e o último, a umha outra de 1800 euros.