Por José Manuel Lopes Gomes /
Nom fôrom suficientes as 28000 assinaturas apresentadas; tampouco o amplo leque de entidades e persoeiros, representativos da sociedade galega, que apoiavam a ILP apresentada pola Mesa pola Normalizaçom no palco do parlamento. O PP enfrentou-se a toda a oposiçom e amossou mais umha vez a sua aposta sem fírgoas por varrer qualquer elemento identitário do quadro autonómico. Com o pretexto de a iniciativa da Mesa “estar já recolhida no Plano de Normalizaçom Linguística” desde 2015, a extrema direita botou por terra a iniciativa.
Apesar do texto apresentado por Marcos Maceiras Erias, vozeiro da Mesa, nom conter nenhum maximalismo, mantendo-se dentro da ficçom legal dos “iguais direitos para ambas as línguas”, o PP nom hesitou em blocar a sua implementaçom. Com efeito, o documento recolhia medidas mui concretas para fazer possível o avanço do galego no tecido sócio-económico; a importáncia do ámbito empresarial para afiançar as teses supremacistas estivo sempre clara para as elites galego-espanholas, e daí a sua rejeiçom das teses da Mesa, sostida por Fernández Gil.
A falácia da liberdade consumidora.
O PP encastelou-se no argumentário preferido dos neoliberais, aquele que apresenta um cenário fantasioso de livre eleiçom de produtos -neste caso línguas- por parte de indivíduos livres. E embora esta linha de defesa poderia ter certo assomo de realidade em outras latitudes onde as línguas em conflito estám em certa igualdade de condiçons, resulta caricatura sinistra no caso do galego. Segundo a própria Mesa pola Normalizaçom, apenas em 2016 registárom-se 316 denúncias por vulneraçom dos direitos lingüísticos de galego-falantes em sucursais administrativas do Estado espanhol ou em empresas privadas.
Mais do que umha anedota.
Com a passagem do tempo, fai-se o evidente o abandono por parte do PP autóctone de qualquer retórica galeguista, apoiando o seu discurso nos sectores sociais mais desarraigados, certa pequena burguesia lumpem e obviamente sectores da oligarquia nascidos em Espanha ou sem nenhuma relaçom com as classes populares da nossa Terra.
A posiçom linguística deste conglomerado, e do partido que os representa, é a ponta do icebergue dumha proposta recentralizadora que pretende apagar a Galiza do mapa das “nacionalidades” numha hipotética reforma constitucional.