Por Jorge Paços /
Pola segunda vez desde que começara o ciclo mobilizador, dúzias de carros percorrêrom as estradas de Jove, Sam Cibrao, Mondonhedo, Valadouro, Barreiros e Foz. A reivindicaçom, organizada em três caravanas, defende a gestom na comarca da Marinha da sua área sanitária, que as autoridades pretendem transferir a Lugo, capital oficial das e dos marinhaos; mais umha prova dos efeitos para a populaçom dumha divisom territorial artificiosa e virada de costas à idiosincrasia galega.
Lei de saúde a exame.
No passado mês de Agosto, o PP dava os primeiros passos no desenho dumha lei de saúde que visa simplificar as áreas sanitárias, processo centralizador que acumulará infraestruturas no centro da província lucense. Umha juntança posterior da Conselharia de Sanidade, mantida na ponte de Dezembro, deu o visto e praze ao projecto. Dada a impopularidade da medida, nom se desbota que o PP prefira aplicá-la quanto antes, evitando a sua cercania às eleiçons municipais.
Mobilizaçom de rua.
Tanto a Marinha como o Val de Lemos -as duas bisbarras atingidas pola medida- artelham oposiçom. A Plataforma em defesa da sanidade pública da Marinha escolheu, entre outros protestos, a caravana de carros; organizárom-se várias marchas neste formato, que continuarám na semana vindoura. O propósito é a totalidade dos serviços ficarem no Hospital da Costa de Burela.
No Val de Lemos, o tecido associativo convoca concentraçons às Quartas feiras diante dos centros de saúde.
Precarizaçom e empobrecimento do serviço.
De se materializar a decisom, e segundo declaram fontes afectadas, a populaçom de ambas as comarcas ficará sem serviços importantes, vendo-se obrigada a deslocamentos gravosos. Por outra banda, a própria cidadania de Lugo e comarca também se verá atingida, pois assistirá à massificaçom das instalaçons e ao aumento das listas de aguarda.
Consequências, no fundo, desejadas polos promotores da iniciativa, que visam a canalizaçom de parte da procura sanitária polos cauces da saúde privada.