Por Antia Seoane /
Na semana passada o INE publicou os dados demográficos atualizados até o primeiro semestre deste ano, onde se pode comprovar que Galiza mantém a tendência dos últimos tempos. Segundo os dados do instituto estatístico, o cenário no Pais (dados referidos unicamente á CAG, sem incluir os dados da Galiza oriental) é preocupante já que perdeu mais de 6.500 mil habitantes em apenas seis meses, ficando a populaçom galega em 2.703.662 habitantes, perigando o limiar dos 2,7 milhons.
Saldo vegetativo
O descenso de populaçom é provocado principalmente por um saldo vegetativo extremadamente negativo, onde o número de defunçons é quase o duplo que o número de nascimentos, sendo 16.812 e 8.870 respetivamente.
As tímidas medidas levadas a cabo pola administraçom para reverter esta tendência, como o cheque bebé e outras políticas centradas na natalidade, som inúteis e nom vam dirigidas a atacar a raiz do problema; apenas se podem entender como medidas propagandísticas de cara as citas eleitorais.
Migraçom
Quanto ao balanço migratório, os dados nom som tam dramáticos mas tampouco som esperançadores. Se bem o balanço total é positivo, vinhérom viver a Galiza mais pessoas das que emigrárom, em concreto 1.388 mais, de se analisarem os dados por faixas de idade, o saldo é negativo nas pessoas menores de 45 anos e positiva nas maiores de 45.
Atendendo os dados, semelha que a gente nova emigra cara a cidades europeias, Madrid e Barcelona principalmente, enquanto que a gente idosa volve quando já está reformada.
Avelhentamento.
Desde o ano 1986 Galiza perdeu o 5% da sua populaçom, exactamente 140.810 habitantes, dado negativo, mas o dado realmente importante é o dramático descenso de populaçom jovem. Na franja de idade de populaçom menor de 25 anos o descenso chega até o 46 % passando de beirar o milhom de habitantes (988.272) a descender até pouco mais do médio milhom (540.222). Além deste feito, compre lembrar que paralelamente a este fenómeno, houvo um êxodo massivo do rural cara a cidade da gente mais nova.
Possíveis causas
As causas que podem estar por detrás da crise demográfica som económicas e políticas. Como exemplo, segundo também soubemos a semana passada polo instituto estatístico, Galiza perdeu 3.383 exploraçons agrárias entre os anos 2013 e 2016, ficando por debaixo das 75 mil.
Com a terciarizaçom da estrutura económica do País, o esboroamento dos setores primários, a precarizaçom do mundo laboral, a especulaçom imobiliária que dificultou encontrar umha vivenda digna a preços acessíveis, a escasseza de serviços sociais que ajudem a criar as filhas e filhos, a gente nova cada vez mais a adia para ter crianças, além de ter menos.
É evidente que nom há umha planificaçom económica, demográfica nem territorial para reverter a situaçom. A Junta de Galiza, além de nom ter vontade para resolver o problema, também nom tem competências legais para fazê-lo. Sem soberania política, nom há soluçom possivel.