Por Jorge Paços /
A autoestrada do Atlántico nasceu com controvérsia e dura oposiçom popular; quatro décadas depois, a “navalhada” e a sua gestom empresarial continuam a causar o malestar de milhares de galegas e galegos; o Ministério de Fomento aumentou umha suba geral de preços no Estado, especialmente alta na Galiza.
A partir de Janeiro, as pessoas usuárias das autoestradas dependentes de Fomento pagarám no Estado um 1,91% mais do que no presente ano. Na AP-9, a suba acadará o 3,8%, batendo registos no Estado. O aumento, segundo a imprensa empresarial, obedece a acordos assinados com os governos do PSOE e do PP para “amortizar os gastos” de Audasa em obras de ampliaçom.
Longa trajectória de abusos.
Na prática, a concepçom do transporte como negócio grava os centos de milhares de galegos e galegas que, vivendo na gigantesca conurbaçom Trasancos-Vigo, dependem do transporte privado para organizarem a sua vida laboral, num modelo territorial e ambientalmente disparatado.
Como há quatro décadas denunciara o independentismo com a sua luita política, social e armada, a construçom desta gigantesca infraestrutura iria em detrimento de outro modelo de transportes menos lesivo e desvertebraria um País que rematou desequilibrado cara a sua faixa oeste.
O quase absoluto monopólio de Audasa sobre o transporte do occidente galego, apoiado em cumplicidades políticas, derivou em abusos económicos constantes contra as pessoas usuárias.