Por Jorge Paços /

Volta o “Treme a Terra”. Amanhá, 9 de Dezembro, o já consolidado festival cumpre 18 ediçons de oferta lúdica e reivindicativa no noroeste galego. O colectivo Terra, de Pontedeume, continua a ser o motor deste evento, que padeceu anos de parálise por pressons políticas da direita governante.

Após dous anos de parom obrigado por denegaçons de permisso do PP local, o “Treme a Terra” voltou com força à comarca do Eume em 2015, constituindo-se de novo em referente para todas aquelas pessoas sensibilizadas com a nossa música e cultura, nomeadamente a mocidade.

Resistência galega antifranquista.
Desta volta, os e as organizadoras centram a celebraçom no recordo e homenagem na resistência popular que tantas dificuldades deu à ditadura nas décadas de 40 e primeiros dos 50. A escolha nom é azarosa, desde que a comarca eumesa foi um dos núcleos mais rejos da guerrilha de influência comunista no mais cru da “posguerra”. A influência do obreirismo ferrolao e umhas condiçons geográficas extraordinárias (grandes zonas de serra boscosa) explicam o fenómeno. Bernardo Máiz, um dos grandes especialistas sobre a guerrilha, leccionará umha palestra no dia 15. Está previsto que no acto se rememorem figuras como Riqueche ou Francisco Martínez Leira, “Pancho”.

Nesse mesmo dia 10 realizará-se a primeira homenagem ao Destacamento Arturo Cortiças na foxa comum de Monfero, lembrando um episódio de combate que analisávamos nom há muito neste portal.

Calendário completo.
O festival desenvolverá-se ao longo do vindouro fim de semana, mas as suas actividades prolongarám-se no seguinte, e até o dia 31 de Dezembro.

Na noitinha do dia 9, Voodoo, Ses, Nao e Rebeliom do Inframundo congregrarám a juventude no polidesportivo da vila; no Domingo será o momento de Cé Orquestra Fantasma.

O festival culminará no 31 de Dezembro em Mugardos com umha homenagem a Francisco Leira Martínez “Pancho”, último guerrilheiro antifranquista em activo, caído em 1954.