Marcos Garrido/
Recuperando autonomia I: Electricidade
Recuperando a autonomia II: bancos
Continuamos a série de artigos sobre as alternativas para minguar a nossa dependência quotidiana de poderes inimigos, desta vez debruçando-nos sobre um sector que cada dia ocupa um espaço mais importante das nossas vidas: as novas tecnologias. Na medida em que grande parte das relaçons sociais, incluindo as pessoais mas também as políticas e comunitárias, se tenhem “digitalizado”, o fornecimento da conexom à internet tem-se convertido numha infraestrutura chave para o poder dos estados. Também, por consequência, para as hipóteses de liberdade dos povos.
Um mundo monitorizado
O primeiro pensamento que urge colocar é o seguinte: o mundo tecnologizado é infinitamente mais controlável e reprimível que o que conhecíamos, mesmo que tomemos as decisons certas para resguardamos algo de privacidade e autonomia dentro dele. Quem usar um telemóvel, por exemplo, está deixando um registro à disposiçom do Estado espanhol (e de Google, e das companhias telefónicas) de todos os seus movimentos no território, além de praticamente todas as suas relaçons sociais.
Nom existe nengumha maneira de usar as novas tecnologias, e especialmente os telemóveis, que proteja a nossa intimidade na mesma medida que simplesmente nom usá-las, ou usá-las pouco. Seria aconselhável distanciar-se um bocado da mania tecnófila que parece obrigar-nos a usar cada vez mais dispositivos de controlo policíaco.
A neutralidade da rede
Nos ámbitos do ativismo digital está-se a livrar umha batalha a favor do que se chama “neutralidade da rede”, em contra da pretensom dos estados de controlar o uso que cada internauta faz da sua conexom. Se os estados, com a colaboraçom das companhias fornecedoras de conexom, as ISP, conseguem discriminar uns usos de outros, estará achandado o caminho para a censura desta infraestrutura de uso comum.
Para podermos participar nesta batalha no lado certo, é necessário deixar de dar apoio às ISP multinacionais (Movistar, Orange, Vodafone, Yoigo, etc.) e aderir-nos às iniciativas comunitárias que defendem os nossos direitos na rede.
Som Connexiò, a única alternativa ao alcanço
Embora na Galiza ainda nom surgiu nengumha entidade cooperativa de fornecimento de conexom à internet, sim podemos participar em Som Connexiò, umha cooperativa catalá sem ánimo de lucro que opera em todo o Estado espanhol, que começa a partir da seguinte reflexom: “o nosso consumo de telefonia e internet tem consequências diretas e reais. Por isso é também um ato político”.
Na atualidade Som Connexió fornece de telefonia móvel, fixa e internet, estas últimas em fase de prova. As tarifas estám disponíveis no seu web, e som similares às das operadoras comerciais.
Para passares as tuas linhas de telefone e internet a esta cooperativa tés que fazer-te sócia, achegando 100€ que seriam devoltos no caso de abandonares a cooperativa no futuro.