Por Antia Seoane /
Existe umha Galiza que nom existe para a imprensa empresarial: move-se na rua e nega os supostos “consensos” que as elites galego-espanholas assinárom há quatro décadas, condenando o nosso país à invisibilidade. Neste 6 de Dezembro, umha parte activa desta Galiza erguerá a voz. Mais dumha dúzia de colectivos e organizaçons independentistas galegas, entre os que se topa este portal contra-informativo, convocam para o vindouro dia 6 de Dezembro um ato contra a Contituiçom espanola. Um texto imposto ao povo galego, sem legitimidade, já que no seu momento apenas foi aprovado polo 44,7 % do censo da CAG (942.097 votos positivos sobre um censo eleitoral de 2.107613). Cumpre lembrar que depois de Euskal Herria, Galiza tivo a participaçom mais baixa do Estado no referendum com o 50,2 %.
A aprovaçom da Constituiçom espanhola supom a imposiçom ao povo trabalhador galego do régime parlamentar burguês, mantendo no poder as elites económicas da ditadura. Um processo tutelado por potências estrangeiras, como a norte-americana e a alemã, e instaurando deste jeito umha falsa democracia desenhada para proteger os interesses da classe dominante espanhola.
Reproduzimos o texto que já circula polas redes sociais convocando o acto:
Dezasseis coletivos, associaçons e organizaçons galegas (*) convidamos-te a participares na concentraçom a celebrar às 12:00 h. da quarta-feira 6 de dezembro ao pé da Cruz do Castro em Vigo coincidindo com o 39º aniversário da imposiçom da Constituiçom espanhola na Galiza. O objetivo do ato é denunciar o perfil neofranquista do atual regime espanhol, fazer umha aposta estratégica no exercício unilateral do direito de autodeterminaçom e reivindicar a República Galega.
A concentraçom consistirá no despregamento destas 3 mensagens com grandes letras levadas individualmente, a leitura dum comunicado e o canto do hino nacional. O coletivo GZ Contrainfo e umha TV portuguesa gravarám a mobilizaçom para lhe dar a máxima projeçom informativa posterior. O ato já foi comunicado ao Governo espanhol nos prazos legalmente estabelecidos.
Todas e todos somos necessárias.
(*) Asociación Cultural Arrulique (Vigo), Asociación Jimmy Sempre con Nós (Crunha), Assembleia Nacional Galega (ANG), Briga, Causa Galiza, Ceivar, Centro Social Faisca (Vigo), Centro social Fuscalho (Guarda), Centro Social Mádia Leva! (Lugo), Centro Social Revolta (Vigo), Centro Social Xebra (Marinha), Colectivo Nacionalista de Marín (CNM), portal GalizaLivre, Que Voltem para a Casa!, Sociedade Cultural e Desportiva do Condado e Terra Liberada som as entidades que até o momento apoiam a convocatória.