Por Joám Garcia Costa /

A falta de precipitaçons persiste neste Outono. O Ministério espanhol de Medio Ambiente vem de fazer públicos esta terça-feira dados sobre as reservas hídricas na Galiza: a reserva no Minho-Sil está ao 37,9%, com 1.147 hm3 de água enquanto a da Galiza Costa está ao 39,5%, com 270 hm3. Estes dados contrastam com os do ano passado nesta mesma época que eram respetivamente de 1.514 e 360 hm3 (lembremos que fora um verao também seco).

Assim as cousas, a própria Junta da Galiza através do seu presidente Alberto Núñez Feijoo reconhece por fim a situaçom como «preocupante» revelando que se nom começa a chover só se pode garantir o abastecemento de água nas urbes galegas para os próximos 3 meses. Som já 207 os concelhos em situaçom de alerta, sendo muitos os que recorreram a municípios vizinhos para se abastecerem, começando o de Irijoa a realizar cortes no suministro.

A mudança climática umha realidade
Logo de muitos anos de advertências por parte da comunidade científica e do movimento ambientalista, parece que se começam a experimentar as consequências da mudança climática. A Galiza era um dos territórios assinalados como em risco de padecer episódios de seca e os dous últimos anos estám a confirmar estas prediçons com uns veraos extremamente secos.

Mas todos estes avisos parece que nom serviram para que a Galiza estivesse mais preparada para umha situaçom como a actual. A política forestal e de gestom da água continuaram nos últimos anos sem modificaçons dando sinais de falta de previsom. Assim, por exemplo, segundo o Instituto Nacional de Estadística (INE) mais de 44,5 milhons de m3 de água som perdidos ao ano devido a fugas e roturas na Galiza, isto representa quase um 25% da quantidade de água distribuída. Para fazer-se umha ideia, com essa quantidade de água poderia-se abastecer durante um mês umha populaçom do triplo da galega.

Respostas ante a crise
Além dos chamamentos ao aforro e consumo responsáveis de indústria e populaçom, o governo galego abre a porta a futuras restriçons e cortes. Nos últimos dias puxerom-se sobre a mesa novas possibilidades para o abastacemento das cidades como a do transvase do rio Verdugo ou barcos-tanque para Vigo ou a do bombeo de Meirama ao embalse de Cecebre para a área da Crunha.