Por José Manuel Lopes Gomes /

Fôrom nem mais nem menos que 18000 pessoas as que assinárom umha iniciativa legislativa popular a prol dumha tarifa eléctrica galega que puidesse combater a chamada “pobreza energética”. A reivindicaçom, compreendida por amplos sectores de populaçom nos piores tempos da crise económica, contou mesmo com o apoio de concelhos e deputaçons nom dependentes da extrema direita.

Agora, o partido governante nega-se a ir para a frente com os conteúdos aprovados na ILP, mesmo apesar de ter votado em favor dela no momento de ser apresentada. O PP argumenta que há poderosas “razons jurídicas” para nom concretizar a iniciativa, segundo manifestou onte o seu vozeiro parlamentar. Ainda, os serviços jurídicos da cámara acham que a regulaçom de tarifas é competência da comunidade autónoma, e portanto é um assunto suscetível de ser regulado.

Esvaziar a autonomia.
A controvérsia que ocupou nestes dias o parlamento galego é sintomática da linha que a extrema direita segue na nossa Terra no iminente processo recentralizador do Estado: negar-se a desenvolver o estatuto em todo o seu potencial, chegando a utilizar a mentira e o confusionismo contra a populaçom: afirmam-se que certas competências propriamente galegas dependem em exclusiva de Madrid, esvaziando assim de potestade a de por si raquítica autonomia galega. Outro exemplo gritante da mesma política involucionista foi a negativa do PP a assumir as competências das auto-estradas na Galiza, que recentemente anunciaram subas das portagens.

Mobilizaçom.
A CIG aproveitará o debate parlamentar para se concentrar no Hórreo na vindoura segunda feira dia 4 de Dezembro, exigindo o direito à energia de toda pessoa, à margem do seu nível de renda, e pedindo um plano de “racionalizaçom e poupança” energéticas para rematar com o esbanjamento e a desfeita ambiental.