Embora nom haver ainda confirmaçom oficial, segundo as declaraçons de José Manuel Baltar, presidente da Deputaçon de Ourense, La Vuelta ciclista volve à Galiza na ediçom do 2018, e em particular assegurou que passará pola cidade de Ourense.

Unipublic, a empresa organizadora, possivelmente faga a apresentaçom oficial do percurso da prova ciclista no mês de Janeiro, mas todo aponta a que no vindouro ano voltará ter etapas de La Vuelta nas estradas galegas. Esta mesma empresa, é já a responsável de trazê-la a Galiza em anos prévios, e se na ediçom do ano 2017 a prova desportiva esquivou o nosso Pais, no 2016 houvo até 7 etapas. Os organizadores, com a colaboraçom das administraçons públicas (algumhas também em maos de nacionalistas, como o Concelho de Ponte-Vedra) leva anos a tirar proveito económico com a desculpa de fomentar o turismo, é dizer, fazer passar os interesses económicos duns poucos empresários por interesses gerais do povo galego. Neste ponto, é importante recordar que na ediçom do 2016 várias organizaçons ecologistas, entre elas ADEGA e a Sociedade Galega de Historia Natural, denunciárom que a organizaçom da prova ciclista causou um impacto ambiental, em concreto a destruçom de hábitats protegidos e o lixo esparegido na contorna da Vigia Herbeira, no concelho de Carinho.

Nacionalismo banal em andamento.
La Vuelta, ao igual que o Tour da França, como qualquer outro gande evento desportivo é umha fatoria de consciência nacional. Na criaçom das identidades nacionais de Europa ao longo dos séculos XIX e XX, pode apreciar-se que som apenas variantes dum modelo comum constituído por volta de diversos elementos, e entre eles, as paisagens emblemáticas, os monumentos históricos ou os eventos desportivos. La Vuelta, é um destes grandes eventos desportivos, mas conta com umha qualidade que nom tenhem outros desportos de massas, como o futebol, e é o feito de percorrer a geografia de todo o Estado, polo que o próprio evento desportivo incorpora também as paisagens emblemáticas e os monumentos históricos. Isto facilita a criaçom dum discurso audiovisual com capacidade de mostrar a “grandeza do território nacional”. Assim, com o uso de tomas aéreas desde o helicóptero mesturam-se as imagens da própria competiçom com imagens de paisagem e monumentos.

Este nacionalismo banal que impregna a retransmissom tem um interesse político evidente, o que unido a outros elementos –a língua utilizada é sempre o castelám e a derradeira etapa sempre remata em Madrid, remarcando que é lá onde se decidem todas as questons, as desportivas também– cria um relato homogéneo que buscar reduzir a naçom galega a umha simples regiom espanhola.

Resposta galega.
Mas este evento, se finalmente se celebrar nas estradas galegas, é possível que bata contra a resistência e oposiçom do independismo galego como já sudeceu noutras ocasions. Primeiro foi Seareiros Galegos, mas também AMI, Nos-UP, Causa Galiza e mesmo a CIG se mobilizarom contra a organizaçom deste evento em Galiza para afirmar o carácter nacional de Galiza ante o espanholismo.