Por José Manuel Lopes Gomes /

Primeiro fôrom as trabalhadoras de Bershka que se atrevêrom a desafiar o gigante de Inditex e, superando o cerco mediático, concluírom a sua greve com substanciosas melhoras laborais. Há apenas dous dias seguírom-lhe os e as obreiras de Leite Celta em Pontedeume, concluindo também com sucesso o seu pulso com a empresa. Trás seis dias de greve, as reivindicaçons fôrom satisfeitas, desmentindo-se na prática o habitual derrotismo que chama a ‘nom mobilizar-se’.

A mobilizaçom na comarca eumesa conseguiu que o futuro convénio coletivo, vigorante até dentro de três anos, recolha um importante incremento salarial de até 150 euros por mês; também se assumem melhoras nas licenças retribuídas e na vigiláncia da saúde dentro da própria factoria. Leite Celta comprometeu-se também a assinar protocolos no campo dos direitos linguísticos e da acossa sexual e laboral.

Luitas ainda por resolver.
Nom é esta, logicamente, a única frente aberta da classe trabalhadora galega, que amossa um nível de reivindicaçom mais alto do que a imprensa comercial reconhece nas suas crónicas propagandísticas. Nos mesmos dias nos que transcendia a vitória de Leite Celta, trabalhadores e trabalhadoras dos bancos Popular e Santander participavam na mobilizaçom convocada pola CIG na Corunha; sobre todos eles paira a ameaça dum ERE que poderia causar 2100 despedimentos em todo o Estado, e até 200 na Galiza. Representantes da central nacionalista chamárom a atençom do feito de a central madrilena dizer que sobra pessoal quando nas sedes bancárias se fam ‘horas extras decotio’. De se desenvolverem as cousas num senso contrário aos interesses das trabalhadoras e trabalhadores, manifestou a CIG, parte da responsabilidade estaria em CCOO e UGT, que estám a argalhar umha mesa negociadora sem participaçom nacionalista.

Ferrol, pendente das auxiliares.
Ainda se acumulam mais novas do mundo do trabalho nas últimas semanas; as mais recentes chegam de Ferrol, onde se convocou a primeira mesa paritária do setor naval. A juntança tem certa transcendência, pois é a primeira que se convoca com a participaçom da CIG trás a greve que paralisou as auxiliares durante 22 dias. Como este portal informou no seu dia, os trabalhadores do naval exigem em Ferrol o reconhecimento dos direitos conquistados em 2001. Representantes da CIG vincárom que ‘manter umha greve de 22 dias demonstra que este é um setor maduro’; e ainda que os e as trabalhadoras decidírom suspendê-la em assembleia, este parom reivindicativo nom é ‘nenhum cheque em branco para as empresas’.