Por Maria Álvares Rei /

O governo de Rajoy da os últimos passos para a aplicaçom do artigo 155, prévio pacto co PSOE e Ciudadanos. Nesta sexta feira o Senado (com maioria do PP) tramita e concreta a sua aplicaçom.

Trata-se dum artigo mui pouco desenvolvido, e muitos juristas duvidam mesmo da possibilidade real de levá-lo a termo. Esta medida supom um golpe de Estado de facto contra as instituiçons e o autogoverno da Catalunha. Cumpre lembrar que o governo catalám foi eleito em 2015 com claro domínio dos partidos independentistas.

As primeiras medidas a levar a cabo, já debulhadas por Rajoy e Santamaria consistem na intervençom dos mossos d’esquadra, dos meios públicos (TV3; Catalunya Ràdio e ACN) e o cessamento imediato do Govern catalá que será substiuido polas ‘autoridades que decidir o Governo espanhol’ (ainda sem serem revelados os nomes); aliás os ministérios espanhóis irám substituir as diferentes conselharias.

DUI no horizonte.
Assim as cousas o Parlament catalám tem convocado para hoje um pleno extraordinário para artelhar umha resposta ao artigo 155, e onde Carles Puigdemont poderia levantar a suspensom da DUI. Umha suspensom da que nom era partidária a CUP e que foi a medida prosposta para forçar um dialogo co Estado e a mediaçom internacional.

Mentres a repressom do Estado, exercida através da Audiência Nacional mantémm na cadeia a Jordi Sánches e Jordi Cuixart ( presidentes da ANC e de Omniom); som acusados de sediçom polos protestos os dias 20 e 21 de Setembro no que altos cargos de Generalitat fôrom detidos.

A estratégia repressiva atinge já a máis de 700 alcaldes e concelheiras que facilitárom a celebraçom do referendo do 1-O. Nos vindouros dias também teram que comparecer ante os tribunais.

A resposta diante da ofensiva do Estado espanhol continua a ser a mobilizaçom masiva e permanente. Os ‘Comités em defesa do referendo’ convertêrom-se já em ‘Comités de defesa da República’, e o dia que entre em vigor o 155 prevém-se actos massivos para defender as instituiçons catalás.

Contradiçons crescentes.
No entanto sucede-se a ruptura de pactos em concelhos nos que forças independentistas governam com partidos espanhóis; já som onze municípios onde que nos últimos dias rachárom os pactos de governo co PSC; a aplicaçom do 155 amenaça 46 concelhos de máis de 10.000 habitantes. O pacto de governo em Barcelona entre Podem e PSC também pende dum fío.