Por Jorge Paços /

Com a sua lentidom habitual, a justiça espanhola leva de novo os tribunais várias e vários militantes do independentismo e os movimentos sociais. Passárom sete anos desde que um grupo de ativistas foram violentamente detidas na cidade de Lugo, na sequência dum trabalho massivo de propaganda em favor dos direitos sociais e contra o capitalismo.

Foi na madrugada de 29 de Setembro de 2010 quando um numeroso piquete foi bloqueado pola polícia no centro de Lugo. Nessa data, o conjunto do sindicalismo galego e estatal chamou a classe trabalhadora à greve geral contra a ‘Lei de medidas urgentes para a reforma do mercado de trabalho’. Promovera-a o executivo de Rodríguez Zapatero com o pretexto da crise financeira iniciada em 2008. Aquele pacote de medidas antecipara as decisons ainda mais drásticas tomadas polo governo do PP contra os direitos sociais.

De como a propaganda se converte em ‘atentado’.
V.M.J.C., J.A.M.G., S.R.M., S.S.L e A.S.P. fôrom identificados em plena noite, sendo parte deles espancados e retorcidos no chao por agentes policiais, segundo manifestárom na sua declaraçom. Reconhecêrom estar a inçar a cidade de propaganda anticapitalista, ainda que a mais grave acusaçom contra eles nom tem a ver com isto. A fiscalia acusa vários de ‘atentado à autoridade’, pola sua alegada resistência a serem detidos, e pede a imposiçom dumha multa em conceito de ‘danos’ por pintadas que lhe som atribuidas. Quatro das pessoas julgadas passárom a noite no calabouço antes de ser libertadas com cárregos.
Na clássica inversom dos termos protagonizada polos corpos policiais, as agredidas viram agressores, que se vem na obriga de enfrentar petiçons fiscais que chegam aos catorze meses de prisom.

O colectivo Ceivar já declarou a sua solidariedade com acusadas e acusados. O juízo será na segunda feira 9 no julgado do penal nº 2 de Lugo.