Por Maria Álvares Rei /
Com a tensom política no máximo e muitas incertezas por despexar, a ninguém se escapa que o posicionamento da comunidade internacional dirimirá em grande medida o processo catalám. Trás semanas a ocupar os cabeçalhos do mundo, a questom da integridade territorial espanhola passa a ser debate oficial em Bruxelas. Onte o Parlamento discutiu a questom, evidenciando grandes fendas e ausência de consenso.
Embora a totalidade dos grupos políticos concidem na fórmula inconcreta da ‘soluçom negociada’, os acentos ponhem-se num ou noutro dos polos do confronto político. Os Verdes-Aliança Livre Europeia, vincárom na escandalosa repressom pola que apostou o Estado no 1-O; a coaliçom considerou a questom catalá um ‘problema europeu’, e este pede portanto ‘a mediaçom da comissom’. Ainda deslegitimando qualquer processo de independência unilateral, o Grupo de Esquerda Unitária Europeia-Esquerda Nórdica reivindicou a necessidade dum referendo legal e pactuado.
À tese crítica somárom-se, com evidente oportunismo, partidos euro-cépticos e da extrema direita, como o UKIP. A denúncia da ocupaçom policial da Catalunha serve estes sectores para deslegitimar o conjunto da Uniom Europeia. Este feito foi salientado, paradoxalmente, pola imprensa empresarial espanhola, que quijo relacionar falsamente a causa catalá com propostas autoritárias.
Por seu turno, os partidos da orde -conservadores, socialdemocratas e liberais- aderírom as teses maioritárias na direita espanhola, bem que ponhendo em causa o ‘uso desproporcionado da força’. O presidente da Comissom Europeia ratificou a posiçom do PP e declarou que ‘a única democracia é a que se exercita dentro do Estado de direito’. Nesta linha, estes partidos rejeitárom um referendo que nom se adequava à legalidade espanhola, e empregárom a sua maioria para deitar por terra umha declaraçom oficial de apoio à independência catalá.